Santa Cruz vira no fim e vence o Náutico na Arena Pernambuco.

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Betinho é daqueles centroavantes típicos que não desiste. E foi por
isso que o Santa Cruz venceu o Náutico por 2×1, de virada, na noite
desta quarta-feira (25), na Arena Pernambuco, pela quinta rodada do
hexagonal do título do Campeonato Pernambucano. O camisa nove marcou o
gol da vitória aos 42 minutos do segundo tempo, resultado que pôs o
Santa Cruz em quarto lugar. O Náutico caiu para a quinta posição. Os
dois times voltam a se enfrentar no próximo domingo (1/3) no mesmo
local..
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Com a corda mais apertada no pescoço que seu colega de profissão,
Ricardinho adotou uma postura mais agressiva: mandou seus jogadores
marcarem no campo do Náutico e tentou aproximar as linhas. Boa. O timbu
sofreu para sair jogando durante boa parte do primeiro tempo, tanto que
apelou várias vezes para a bola longa. Já os corais quando tomavam a
bola do rival pareciam não saber o que fazer com ela, tantos eram os
passes errados.
Renato abriu o placar para o Náutico. Foto: Guga Matos/JC Imagem

Renato abriu o placar para o Náutico. Foto: Guga Matos/JC Imagem
Nesse jogo de perde-perde, o instrumento de trabalho, a bola, sofreu
um bocado ainda que no primeiro minuto, Waldison tenha carimbado a trave
esquerda de Júlio César. Sempre há uma trave no caminho do Santa, que
manteve a pressão até acertar três passes seguidos, o que só aconteceu
aos 27. Raniel cruzou rasteiro da direita e Waldison passou lotado. Mas
Biteco não. Quando ele dominou deixou a bola escapar um pouco mais,
porém ainda conseguiu finalizar, mas David apareceu de carrinho quando a
bola já passara por Júlio César.
O Náutico não quis ficar para trás e resolveu coordenar uma jogada
com qualidade também. E foi bem parecida com a do Santa, só que pelo
lado esquerdo. Aos 34, Patrick Vieira lançou Fillipe Soutto, que cruzou
rasteiro para a marca do pênalti. Renato estava sozinho como Biteco
estava sete minutos antes, mas concluiu melhor: no canto de Fred para
fazer 1×0.
Alemão empatou para o Santa Cruz. Foto: Guga Matos/JC Imagem

Alemão empatou para o Santa Cruz. Foto: Guga Matos/JC Imagem
Mesmo com um volume de jogo bem menor que os corais, os alvirrubros
estavam na frente. Por isso, o Santa resolveu fazer justiça com os
próprios pés, embora Júlio César tenha ajudado com as mãos. Júlio César
saiu meio desesperado para cortar um cruzamento. Biteco pegou o rebote e
mandou para a área. Alemão bateu bonito de voleio para deixar tudo
igual. E assim ficou até o fim da primeira etapa.
Os dois times voltaram para o segundo tempo marcando com um pouco
mais de distância. Melhor para o Náutico, que teve mais posse de bola.
Até o festival de passes errados teve um segundo ato mais discreto. Por
isso os dois times finalizaram mais. Logo aos quatro, Danny Morais
cabeceou raspando a trave esquerda depois de Biteco bater um escanteio.
A trave, que anda incomodando os tricolores desta vez aprontou para
os alvirrubros. Aos oito minutos Bruno Alves engrenou a quinta marcha e
cruzou rasteiro. Renato recebeu sozinho e tentou estufar a rede.
Terminou bombardeando o travessão. Depois começaram as mudanças. Nininho
e Emerson Santos entraram nos lugares de Moisés e Biteco,
respectivamente. No Náutico, Jefferson Nem e João Paulo entraram nas
vagas de Bruno Alves e Renato. Ricardinho mudou pela queda de rendimento
de Biteco e uma dividida em que Moisés ficou sentindo. Já Moacir Júnior
quis manter o sistema, porém com jogadores mais descansados.
Mesmo mudados os dois times mantiveram o rigoroso equilíbrio. Emerson
Santos fez uma boa jogada pela esquerda e chegou a passar por Júlio
César, em mais uma saída precipitada. Para sorte do goleiro do Náutico, o
tricolor perdeu o equilíbrio na hora de cruzar para Betinho.
Na reta final da partida o cansaço imperou e as faltas reinaram. O
jogo ficou mais cadenciado e nem as bolas paradas surtiam mais efeito.
Parecia que o caminho seria o 1×1 até Betinho ser premiado pela
insistência. Aos 42 minutos, depois dois impedimentos, um chute mascado e
um par de passes errados, duas assistências contra o Central e três
bolas na trave contra o Salgueiro, a bola rendeu-se ao camisa nove
coral. Renatinho cruzou rasteiro e o centroavante tocou de leve, o
suficiente para a bola entrar no canto esquerdo.
ÀS MOSCAS
Horário, logística, segurança, má fase. Tudo isso somado dá 4.626, as
testemunhas do Clássico das Emoções, que nos tempos das vacas gordas
chegou a colocar 76.000 pessoas. Para se ter uma ideia, o público para
Serra Talhada 1×0 Salgueiro foi de 4.859.
ABENÇOADA CAMISA 7
Com a sete estavam Renato para o Náutico e Raniel para o Santa. Ambos
oriundos da base dos dois clubes. E ambos mostrando que podem dar conta
do recado sem precisar gastar fortuna com medalhões. Que tenham uma
sequência maior. Ainda que pese o gol incrível perdido por Renato, ele
foi vital para a produção ofensiva do time.
POUPANDO A VOZ
Normalmente, os técnicos tentam chamar a atenção de seus atletas para
alguma orientação aos berros na beira do gramado. Para economizar um
pouco a garganta, o técnico Moacir Júnior, bem mais agitado que
Ricardinho, optou por um assobio alto e estridente.
Fonte: NE 10

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