Jornal divulga documentos e diz que CBF ‘vendeu’ a seleção brasileira.

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São Paulo – A CBF está envolvida em mais um escândalo. O jornal
‘Estadão’ publicou, neste sábado, uma matéria que revelando detalhes dos
contratos entre a entidade máxima do futebol brasileiro e a empresa
Internacional Sports Events (ISE), com sede nas Ilhas Cayman,
responsável por marcar os amistosos da Canarinha desde 2006.




De acordo com o repórter Jamil Chade, os jogadores convocados
precisam se enquadrar em uma lista de ‘critérios’, como por exemplo:
valor de marketing. Até as substituições por cortes de lesões teriam que
atender aos interesses dos empresários.




A CBF teria feito estes acordos ainda na gestão de Ricardo Teixeira,
que teve o ‘cuidado’ de se associar com empresas em paraísos fiscais
para driblar os agentes da Receita Federal brasileira.




A ISE seria uma empresa de fachada, sem funcionários nem escritório.
Em 2006, Ricardo Teixeira renovou o contrato com este empresários por
mais dez anos. O dirigente teria firmado o acordo em Doha, no Catar.




Entre 2006 e 2012, a ISE deixou a operação, da marcação dos
amistosos, nas mãos da empresa Kentaro. Quando o acordo terminou, a
Pitch Internacional assumiu a vaga da Kentaro.




Foi só em 2011 que às cláusulas sobre convocações de jogadores
apareceram. Nos contratos entre ISE e CBF. Pelo acordo, o treinador
teria que sempre chamar os seus principais jogadores, sem poder fazer
testes com jovens atletas.




“A CBF garantirá e assegurará que os jogadores do Time A que estão
jogando nas competições oficiais participarão em qualque e toda
partida”, esta estabelecido no artigo 9.1 do contrato que estabelece
multa caso não seja cumprido.




“Se acaso os jogadores de qualquer partida não são os do Time A, a
taxa de comparecimento prevista neste acordo sera reduzida para 50%”,
pelo contrato, está definido que a CBF receba 1,05 milhão de dólares (R$
3,14 milhões).




O contrato ainda pede que a ISE seja ‘consultada’ em caso de corte de
jogadores. O acordo ainda prevê que o substituto seja do mesmo nível,
com base no valor de marketing, habilidades e reputação.


A preparação para a Copa de 2018 e 2022 também será explorada de
forma exclusiva pela ISE. De acordo com o ‘Estadão’, Marin e Del Nero
estavam negociando um novo contrato com a Kentaro. Com valor superiores
ao estabelecido com a ISE.




Foi o Grupo Figer que convenceu a nova dupla de mandatários a
negociar. 132 milhões de dólares seriam pagos à CBF por cem jogos entre
2012 e 2022. A renegociação foi iniciada logo após a renúncia de Ricardo
Teixeira. Em contato com o Estadão, Del Nero defendeu os contrato.




“O contrato, na medida do possível, a gente tenta cumprir. Nós
chegamos já tinha esse contrato, temos que cumprir. Eu não chego a dizer
que esse contrato é tão ruim. Quando a gente jogava no Brasil não
chegava a tirar esse valor. Hoje quanto é isso? R$ 3 milhões e pouco? Se
analisar, hoje é um contrato bom.”

Fonte: o dia

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