Fla vai mal, empata com Náutico em casa e chega ao quarto jogo sem vitória.

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Cristóvão Borges chega ao Flamengo
nesta quinta-feira com a certeza: terá muito trabalho. No jogo seguinte à
demissão de Vanderlei Luxemburgo, o time empatou em 1 a 1 com o
Náutico, no Maracanã, pela terceira fase da Copa do Brasil. Foi o quarto
jogo seguido sem vitória do Rubro-Negro.

O último triunfo foi contra o SAlgueiro,
dia 22 de abril, pela Copa do Brasil. Comandado pelo interino Jayme de
Almeida, o Flamengo mostrou pouca inspiração e não contou com Cirino e
Everton, lesionados, e Gabriel, suspenso. Na partida de volta, dia 22 de
julho, na Arena Pernambuco, o empate sem gols classifica o Náutico. 1 a
1 leva a partida para os pênaltis. A partir de 2 a 2 a vaga será
rubro-negra.

De volta ao comando do time ainda que
fosse por apenas uma noite, Jayme decidiu beber um pouco da água de
2013, quando foi campeão da Copa do Brasil. Com alguns desfalques, o
técnico armou o Flamengo no mesmo esquema de dois antes. O problema foi
ter artistas diferentes.

Paulinho continuava aberto na esquerda
como em 2013, mas atrás tinha a companhia não de André Santos, mas
Armero. Na direita Pará, e não Léo Moura, com Arthur Maia, e não Luiz
Antonio. Cáceres protegia a zaga e fazia as vezes de terceiro defensor
quando o time não tinha a bola. Como Amaral. No meio, Almir era Carlos
Eduardo. Mas, claro, Canteros não é Elias.

E Alecsandro não está na fase
esplendorosa de Hernane em 2013. Assim, o time tinha menos velocidade,
tinha lentidão na transição da bola e esbarrava em um Náutico bem
postado defensivamente. Com dois minutos de jogo, Alecsandro recebeu
lançamento de Arthur Maia e, na grande área, ficou na dúvida se deveria
cabecear ou finalizar. Não fez uma coisa nem outra e Julio Cesar fez boa
defesa.

Lento, o Flamengo cedeu espaços ao
Náutico, que chegava com perigo. Na primeira, aos 12 minutos, Pedro
Carmona chutou de longe assustando Paulo Victor. Na segunda, Wililan
Magrão aproveitou cruzamento da direita e mandou uma bomba na trave
esquerda de Paulo Victor.

Era um jogo perigoso para o Flamengo, que
passou a irritar a torcida com erros de passe em sequência. Almir,
lento e disperso, era vaiado quando tocava na bola. Aos 28 minutos,
Arthur Maia cruzou da esquerda e Alecsandro, de cabeça, quase marcou,
mas Julio Cesar defendeu bem, no pé da trave direita. A torcida, no
entanto, ainda cobrava um melhor futebol. Só Arthur Maia era poupado.

E foi pelos pés do meia que o Flamengo
encontrou encontrou o caminho para o gol. Aos 42 minutos, ele cobrou
escanteio, Cáceres subiu na área e mandou na trave. No rebote, Wallace,
também de cabeça, tocou para o fundo da rede. 1 a 0. Na comemoração, o
zagueiro e capitão correu em direção ao banco e todos os jogadores do
elenco se abraçaram. E o primeiro tempo chegou ao fim.

Na segunda etapa, o Flamengo voltou
acelerado com um minuto de jogo e Alecsandro, em boa jogada pela
direita, quase ampliou, mas acabou sufocado pela zaga. O time, então,
voltou ao marasmo do primeiro tempo. Lento, com passes errados. Almir,
então, sentiu lesão e deixou o campo com sete minutos. Márcio Araújo
entrou em sua vaga.

O desempenho rubro-negro, no entanto,
abria esperança para o Náutico, que até tinha maior domínio de bola e
rondava a área adversária, mas esbarrava nas limitações técnicas. E era
em poucos bons valores técnicos nos quais o Flamengo se apegava. Aos 21
minutos, Canteros entrou driblando na área e, de frente para Julio
Cesar, desperdiçou ótima chance, batendo na rede pelo lado de fora.
Parte da galera ainda comemorou.

Mas era Arthur Maia o melhor da noite.
Preterido por Vanderlei Luxemburgo, o meia canhotinha tentava arriscar
jogadas com dribles e chutes. Agraduo à galera. Ao ser substituído aos
26 minutos para a entrada de Matheus Sávio, acabou muito aplaudido pela
torcida que, enfim, despertara em um Maracanã de público muito reduzido.
Era um jogo perigoso.

Para o Flamengo. Ainda sonolento, o time
rubro-negro não conseguia conter as investidas do Náutico. Aos 30
minutos, o Timbu foi fatal. Marino fez boa jogada e enfiou Douglas entre
a zaga rubro-negra. Bressan só olhou o atacante do Náutico matar a bola
e bater cruzado, no canto esquerdo de Paulo Victor. 1 a 1.

O clima de irritação na torcida aumentou.
Aos 34 minutos, Paulinho teve boa chance no centro da grande área, mas
bateu para fora. Sem maiores emoções, a partida chegou ao fim. Quarto
jogo seguido sem vitória do Flamengo. E um festival de vaias no
Maracanã. Trabalho à vista, Cristóvão.

FICHA TÉCNICA:
FLAMENGO X NÁUTICO

Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 27 de maio de 2015 (Quarta-feira)
Horário: 22h (de Brasília)
Árbitro: Francisco Carlos do Nascimento (AL)
Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (Fifa-SP) e Guilherme Dias Camilo (Fifa-MG)
Público e renda: 6.174 pagantes/ 7.001 presentes / R$ 158.710,00 / 306 cativas / 521 gratuidades
Cartões Amarelos: Armero, Paulinho e Matheus Sávio (FLA) e Gaston Filgueira e Willian Magrão (NAU)
Gols: Wallace (FLA), aos 42 minutos do primeiro tempo e Douglas (NAU), aos 30 minutos do segundo tempo.

FLAMENGO: Paulo Victor;
Pará, Bressan, Wallace e Armero; Cáceres (Eduardo da Silva), Canteros,
Almir (Márcio Araújo) e Arthur Maia (Matheus Sávio); Paulinho e
Alecsandro
Técnico: Jayme de Almeida

NÁUTICO: Júlio César;
Guilherme, Flávio, Fabiano Eller e Gastón; João Ananias, Marino, William
Magrão (Bruno Alves) e Pedro Carmona (Renato); Rogerinho (Josimar) e
Douglas
Técnico: Lisca

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