Guerra de números marca debate sobre HR Emília Câmara e SAMU.

0 46

b8be119d4a2b9e566512a4b00b2a133a
701db027c1035ffe3af9cc7fe9e47250

Cimpajeú questiona transferências. HR diz que tem números para provar resolutividade


O Debate das Dez do Programa Manhã Total (Rádio Pajeú)
tratou da situação do HR Emília Câmara, que foi alvo de intenso debate
na última reunião do Cimpajeú, do quadro das UBS e da demora para
funcionamento do SAMU na região. Participaram o Coordenador do Cimpajeú
Deva Pessoa, Leandra Barbosa, Diretora do HR Emília Câmara e Mary
Delânea, Gerente Regional de Saúde.


Em suma, pode-se dizer que cada um
apresentou defesa do seu espaço. Como aconteceu na última reunião do
Consórcio, Deva Pessoa questionou a resolutividade da unidade e o número
de transferências de Afogados para outras cidades da região. Também
criticou a Central de Resolução, que deveria resolver, mas tem gerado
problemas, segundo ele. “Sai uma senha de Afogados para cidades como
Serra, Caruaru, Recife, até Palmares. Em alguns casos, o paciente fica
bolando de hospital em hospital”, reclamou, afirmando que foram 118
transferências no mês de julho deste ano.


Leandra defendeu o Hospital, afirmando
que não é justo apontar apenas as transferências isoladamente sem
considerar outros números. “Só no mês de julho, foram 6.279
atendimentos, que dá uma média de 200 atendimentos por mês”. Ela
justificou que também há parcela de contribuição de algumas prefeituras
do entorno que tem hospitais municipais. Como também fazem parte do
sistema de regulação, as unidades tem autonomia para, por conta própria,
entrar na Central e gerar a senha quando houver necessidade de
transferências. Muitas vezes, sem esse processo, preferem encaminhar
direto para o Regional, demandando mais tempo e trabalho. Deva afirmou
que em sua cidade tem orientado corretamente e que os prefeitos tem
buscado fazer o mesmo.


Deva fez um cálculo rápido de que são 42
médicos na unidade, o que garantiria por semana pelo menos seis médicos
por dia. Leandra disse que a conta não é tão simples. “Eu tenho 42
médicos, mas tenho que ter um para ser endoscopista, duas médicas para
pré natal de alto risco, um cardiologista que atende ambulatório e um
psiquiatra. Tenho que ter um evolucionista para maternidade, um para
pediatria e dois para clínica médica e ainda para psiquiatria. Aí já são
praticamente dez a menos”.
Ela disse que a escala tem dois clínicos
por dia. “Mas não tem obstetra todos os dias, segunda, terça, quinta e
sexta. Pediatra de segunda a sábado”. garantiu que está cortando horas
dos profissionais que chegam com atrasos.
Houve também debate intenso sobre a
disponibilidade de ambulâncias. Deva indicou que a maior procura de
Afogados faça com que a cidade absorva mais as ambulâncias,
sobrecarregando as outras cidades. Leandra disse que é natural pelo fato
de que o Hospital fica na sede, mas que Afogados também é parceira no
tema. Também houve críticas por falta de medicamentos especiais. Mary
disse que a Secretaria de Saúde está buscando resolver o problema junto
ao Ministério da Saúde.
SAMU: Outro tema muito
debatido foi a demora em pôr para funcionar o SAMU na região. Desta vez,
Deva e Mary evitaram jogar pedras no prefeito de Serra Talhada, Luciano
Duque, pelo fato de a cidade abrigar a Central de Regulação e
defenderam uma reunião com o Secretário de saúde Iran Costa. Mary
afirmou que foi pactuado que o Secretário tratará com os prefeitos da
macro, envolvendo as Geres de Arcoverde, Serra e Afogados, para
identificar onde está o problema e resolver.
“Nenhum prefeito nem o Cimpajeú está
colocando toda a culpa em Serra. Sersa está com sua base pronta. O que
argumentamos é que queremos iniciar, mas há uma divisão tri-partite. O
que não pode é municípios ficarem seis, sete meses sem receber os
repasses. Quem está em Brasília ou Recife não vai assumir o ônus. É o
prefeito”. Ele cobrou espaço do Secretário para tratar do tema. (Nill Júnior).

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

//codigo BETANO ESPORTES