A preocupação dos moradores terezinhenses com a falta d’água é justificada. Em visita ao Cascudo na Vila do Tigre nota-se que o volume da barragem está cada vez mais baixo, além do consumo da localidade e sede do município o calor está fazendo evaporar a água restante no manancial, que pode entrar em colapso brevemente. A Compesa não confirma até que data o Cascudo poderá manter Santa Terezinha abastecida, mas a água que está chegando as residências já não é de tanta qualidade, mesmo assim, os moradores agradecem por não estar nas filas das caixas d’água como em 2013, a exemplo de outras cidades, então, vamos economizar água.
O Cascudo sangrou em maio do ano passado depois de ser retirada três mil caçambas de barro e lama em um desassoreamento que elevou a capacidade do manancial em mais treze mil metros cúbicos d’água, sua capacidade total é de 400 mil metros cúbicos. O pico das árvores que ficam no local mais fundo da barragem já começam a aparecer e nos lugares mais rasos pequenas poças começam a se formar.
O plano ‘B’ da Compesa é usar a água da outra barragem, a do Zé Antônio, para o abastecimento de Santa Terezinha quando o Cascudo secar, porém, não se sabe quantos metros cúbicos d’água tem lá, e denuncias dão conta que pipeiros particulares estão retirando água dessa barragem sem autorização; que até quebraram os arames para entrarem com os carros-pipa, o que havia gerando uma queixa crime contra o autor.
Fica a esperança do povo terezinhense que as chuvas regressem nesse fim de ano para que os níveis das barragem aumente e não voltemos para a lata d’água na cabeça, já que o município ficou de fora da Adutora do Pajeú que passa em Riacho do Meio. O Governo Federal (que retirou o nome de Santa Terezinha e de Brejinho do projeto original) passará o controle dessa adutora para a Compesa quando os serviços forem concluídos, então, caberá a Compesa, ou seja, ao governo do estado, fazer a tubulação de Riacho do Meio até a Vila do Tigre para que a terrinha santa receba as águas do velho Chico.