Mãe do primeiro bebê com microcefalia em Serra Talhada teme que o filho sofra preconceito.

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Fotos: Farol de Notícias / Alejandro García.
Medo e superação são os principais
sentimentos que as gestantes enfrentam diante da microcefalia. Em Serra
Talhada, a ex-auxiliar de professora, Danyella Campos, de 23 anos,
moradora do bairro Cohab, foi a primeira mãe a ter o filho diagnosticado
com microcefalia no município, após a descoberta que o mosquito Aedes
aegypti era o vetor da doença. Em conversa com o FAROL,
a jovem enfatizou que apesar da gravidez ter sido tranquila ela se
assustou após o diagnóstico. Danyella é casada com José Rosivaldo, 27
anos, mototaxista e o pequeno José Arthur é o primeiro filho do casal.
Segundo ela, o bebê é agitado e começou a ter convulsões por conta da
microcefalia.


“José Arthur é meu primeiro filho, minha
gravidez foi tranquila. Descobri só no sétimo mês que ele tinha
microcefalia. Precisei ser encaminhada para o Recife para fazer os
exames e ter a confirmação. Quando o médico me avisou, eu não sabia o
que era. Ele só me disse que a cabeça não estava se desenvolvendo. Eu
fui pesquisar na internet e fiquei assustada. Eu só tive uma gripe e uma
febre no terceiro mês de gestação. O médico me falou que acha que não
foi a zika que causou a micro, e sim citomegalovírus”, detalhou
Danyella.


José Arthur faz aniversário de seis meses nesta sexta-feira (5) e já apresenta algumas complicações. Ao FAROL,
a mãe conta que teve que parar de trabalhar para cuidar da criança.”Meu
filho nasceu no dia 5 de setembro de 2015. Ele é um bebê agitado, chora
muito e começou a ter convulsões. Antes, eu trabalhava como auxiliar de
professora, mas agora só cuido dele. O pai dele trabalha de mototáxi.
Penso no futuro e espero que o meu filho possa ir à escola e que ele não
sofra preconceito”, desabafou.

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