Por André Luis (Rádio Pajeú).
Um grave problema que se arrasta desde 2012 na região é o caso das
desapropriações de terras na comunidade de Santa Rosa em Carnaíba. A
chegada da fábrica de Cimento Pajeú, do Grupo Petribu aquela localidade
prometia perspectivas de empregos e renda para a região e aquecimento da
economia, mas juntos com o progresso, vieram a dúvida, a incerteza e o
desrespeito ao ser humano, com as dificuldades de remanejamento das
famílias que tiveram que sair de suas casas para a instalação da
fábrica, gerando inclusive debates calorosos e protestos.
desapropriações de terras na comunidade de Santa Rosa em Carnaíba. A
chegada da fábrica de Cimento Pajeú, do Grupo Petribu aquela localidade
prometia perspectivas de empregos e renda para a região e aquecimento da
economia, mas juntos com o progresso, vieram a dúvida, a incerteza e o
desrespeito ao ser humano, com as dificuldades de remanejamento das
famílias que tiveram que sair de suas casas para a instalação da
fábrica, gerando inclusive debates calorosos e protestos.
Quando tudo parecia estar resolvido, ontem a representante da
comunidade de Santa Rosa, Mayara Lima, entrou em contato com programas
da Rádio da Pajeú reclamando que houve descumprimento de acordo entre a
fábrica, a Prefeitura e a comunidade. Mayara reclamou que esse
descumprimento fez com houvesse três detonações por parte da fábrica em
locais próximos onde ainda residem 38 famílias. Ela disse que o
representante da fábrica Francisco Petribu, ligou para informar das
detonações, mas que mesmo diante da recusa dos moradores em sair, as
detonações foram feitas.
comunidade de Santa Rosa, Mayara Lima, entrou em contato com programas
da Rádio da Pajeú reclamando que houve descumprimento de acordo entre a
fábrica, a Prefeitura e a comunidade. Mayara reclamou que esse
descumprimento fez com houvesse três detonações por parte da fábrica em
locais próximos onde ainda residem 38 famílias. Ela disse que o
representante da fábrica Francisco Petribu, ligou para informar das
detonações, mas que mesmo diante da recusa dos moradores em sair, as
detonações foram feitas.
Os relatos de Mayara indicam um cenário de caos, as detonações
deixaram famílias apavoradas, “famílias mais próximas tiveram casas
atingidas. As crianças correram assustadas. Uma mulher grávida foi
levada ao hospital. Vi idosos chorando. Foi desesperador”, relatou.
deixaram famílias apavoradas, “famílias mais próximas tiveram casas
atingidas. As crianças correram assustadas. Uma mulher grávida foi
levada ao hospital. Vi idosos chorando. Foi desesperador”, relatou.
Estas novas detonações e a morosidade em se resolver o problema abriu
novamente o debate em volta da questão e nesta quinta-feira (18) o
prefeito José Mário Cassiano esteve nos estúdios da Pajeú acompanhado da
advogada Cinara Amorim.
novamente o debate em volta da questão e nesta quinta-feira (18) o
prefeito José Mário Cassiano esteve nos estúdios da Pajeú acompanhado da
advogada Cinara Amorim.
José Mário disse que a demora na documentação dos terrenos que serão
repassados aos moradores da comunidade se deve a burocracia. Disse ainda
que as coisas são um pouco lentas e que o proprietário do terreno não
tinha documentação completa da terra. “Depois de regularizar, ainda tem
que passar para Prefeitura. O cartório está andando com registro da
terra. Pagamos até a parte de cartório, em torno de R$ 8 mil. Uma coisa é
um particular comprar, outra coisa é uma prefeitura, é mais lento”,
justificou. José Mário disse acreditar que até março, protocola acordo e
solicita a liberação ao judiciário para encaminhar a posse definitiva
dos terrenos.
repassados aos moradores da comunidade se deve a burocracia. Disse ainda
que as coisas são um pouco lentas e que o proprietário do terreno não
tinha documentação completa da terra. “Depois de regularizar, ainda tem
que passar para Prefeitura. O cartório está andando com registro da
terra. Pagamos até a parte de cartório, em torno de R$ 8 mil. Uma coisa é
um particular comprar, outra coisa é uma prefeitura, é mais lento”,
justificou. José Mário disse acreditar que até março, protocola acordo e
solicita a liberação ao judiciário para encaminhar a posse definitiva
dos terrenos.
Já a advogada Cinara Amorim, que responde pela prefeitura, diz que
até que se prove o contrário, a fábrica de cimento não cumpriu acordo no
tocante a providências em caso de detonação. Ela disse que não sabia da
detonação e que com base no acordo protocolado cada um assumiu uma
obrigação. “A fábrica tem que avisar com antecedência à comunidade, além
de disponibilizar carros e retirar as pessoas do local”, disse a
advogada.
até que se prove o contrário, a fábrica de cimento não cumpriu acordo no
tocante a providências em caso de detonação. Ela disse que não sabia da
detonação e que com base no acordo protocolado cada um assumiu uma
obrigação. “A fábrica tem que avisar com antecedência à comunidade, além
de disponibilizar carros e retirar as pessoas do local”, disse a
advogada.
Ainda durante a manhã desta quinta-feira (18), participaram do Debate
das Dez da Rádio Pajeú os representantes da comunidade Mayara Lima,
Terezinha Josefa, Erivânia Noronha e José Aparecido. Eles falaram sobre a
morosidade em se resolver a questão e relataram como tem sido a vida
das famílias que ainda residem no local. Também falaram sobre o que
disseram o prefeito José Mário e a advogada Cinara Amorim.
das Dez da Rádio Pajeú os representantes da comunidade Mayara Lima,
Terezinha Josefa, Erivânia Noronha e José Aparecido. Eles falaram sobre a
morosidade em se resolver a questão e relataram como tem sido a vida
das famílias que ainda residem no local. Também falaram sobre o que
disseram o prefeito José Mário e a advogada Cinara Amorim.
Mayara informou que logo pela manhã moradores da comunidade se
reuniram com o juiz José Carvalho Aragão Neto no Fórum local, que
segundo ela tem se posicionado a favor da luta da comunidade e vai
cobrar agilidade no cumprimento do que foi acordado.
reuniram com o juiz José Carvalho Aragão Neto no Fórum local, que
segundo ela tem se posicionado a favor da luta da comunidade e vai
cobrar agilidade no cumprimento do que foi acordado.
Ela mostrou documentos entregues pelo Magistrado e leu uma nota
emitida pelo juiz, “A comarca de Carnaíba tem zelado pelo andamento
regular de todas as ações impetradas, sem distinção de cor, raça,
religião, nível social ou partido político, por parte do judiciário da
referida comarca. Determino que o município de Carnaíba no prazo de 30
dias convoque os expropriados no âmbito da Prefeitura para referido
diálogo. Suspendo os efeitos da liminar até que o município expropriante
finalize o acordo com os expropriados.” Constava na nota.
emitida pelo juiz, “A comarca de Carnaíba tem zelado pelo andamento
regular de todas as ações impetradas, sem distinção de cor, raça,
religião, nível social ou partido político, por parte do judiciário da
referida comarca. Determino que o município de Carnaíba no prazo de 30
dias convoque os expropriados no âmbito da Prefeitura para referido
diálogo. Suspendo os efeitos da liminar até que o município expropriante
finalize o acordo com os expropriados.” Constava na nota.
Mayara disse que isso nunca aconteceu e que a petição do juiz data de
01 de outubro de 2015 e que a prefeitura foi intimada no dia 06 de
outubro de 2015 e ainda que até o dia 16 de novembro de 2015 não havia
despacho algum. “O juiz intimou a Prefeitura pra conversar com o pessoal
e ninguém nos procurou. Ai quando a doutora vem aqui na rádio e diz que
desde outubro eu não a procuro, como assim eu não a procuro, em
primeiro lugar quem tem que procurar o povo são vocês, que como
Prefeitura tem a obrigação.” desabafou.
01 de outubro de 2015 e que a prefeitura foi intimada no dia 06 de
outubro de 2015 e ainda que até o dia 16 de novembro de 2015 não havia
despacho algum. “O juiz intimou a Prefeitura pra conversar com o pessoal
e ninguém nos procurou. Ai quando a doutora vem aqui na rádio e diz que
desde outubro eu não a procuro, como assim eu não a procuro, em
primeiro lugar quem tem que procurar o povo são vocês, que como
Prefeitura tem a obrigação.” desabafou.
Revoltada Mayara falou que as detonações do dia anterior foi uma
falta de humanidade e que não só ela como toda a comunidade estão
revoltadíssimos com a morosidade da Prefeitura em resolver o caso. “A
prefeitura está relaxando e não está cumprindo com a parte que lhe cabe,
em oito meses, só vimos algum representante da Prefeitura indo lá uma
ou duas vezes, eles não sabem o que as pessoas estão passando”, disse.
falta de humanidade e que não só ela como toda a comunidade estão
revoltadíssimos com a morosidade da Prefeitura em resolver o caso. “A
prefeitura está relaxando e não está cumprindo com a parte que lhe cabe,
em oito meses, só vimos algum representante da Prefeitura indo lá uma
ou duas vezes, eles não sabem o que as pessoas estão passando”, disse.