Os
pais do garoto Jadderson Carlos Silva Lira, de 4 anos de idade, que
faleceu na última segunda-feira 09.05 no Hospital Infantil de Patos, estão
dispostos a acionar a Justiça contra a médica do HIP que atendeu o caso e
que, segundo eles, teria sido negligente com relação a prescrição de
medicamentos. Emocionados, eles contam que a médica,
que não teve o nome revelado, teria prescrito altas doses de um
medicamento chamado Berotec mesmo depois de ser alertada de que a
criança era alérgica a essa medicação. Além disso, a médica não teria
autorizado que a criança fosse entubada em um momento crítico, e isso
teria gerado uma discussão entre ela e as enfermeiras que queriam fazer a
entubação.
pais do garoto Jadderson Carlos Silva Lira, de 4 anos de idade, que
faleceu na última segunda-feira 09.05 no Hospital Infantil de Patos, estão
dispostos a acionar a Justiça contra a médica do HIP que atendeu o caso e
que, segundo eles, teria sido negligente com relação a prescrição de
medicamentos. Emocionados, eles contam que a médica,
que não teve o nome revelado, teria prescrito altas doses de um
medicamento chamado Berotec mesmo depois de ser alertada de que a
criança era alérgica a essa medicação. Além disso, a médica não teria
autorizado que a criança fosse entubada em um momento crítico, e isso
teria gerado uma discussão entre ela e as enfermeiras que queriam fazer a
entubação.
O pai afirma que a criança respondia
melhor às medicações quando estava intubado, mas a médica dificultou a
autorização desse procedimento. Quando ele aconteceu, já era tarde
demais.
“Infelizmente aconteceu por conta dessa
dose de Berotec, eu tenho certeza. Porque, inclusive, é até proibido. E
com essa dose muito grande para uma criança de apenas quatro anos, eu
não reconheço e não entendo”, diz o pai às lágrimas. A mãe, por sua vez, conta que quando o
quadro de saúde do menino se agravou bruscamente após a aplicação de uma
medicação no soro, o médico de plantão não apareceu para tentar
reanimá-lo, deixando a missão a cargo apenas das enfermeiras.
O casal acredita que seu filho não
faleceu vítima da gripe H1N1 nem de pneumonia porque ele estava com as
vacinas em dia. “Era tanta medicação que a gente não sabe o que era.
Eles não orientavam a gente por que era que estava tomando”, comenta o
pai. A mãe diz que quer justiça “para que
outras famílias não venham sofrer o que a gente está sofrendo também.
Ela vai pagar por tudo. Não vai trazer meu filho de volta, mas vai fazer
com que não aconteça com outras famílias.”
O hospital
Em contato com o Hospital Infantil de
Patos, conversamos com o diretor geral da unidade, o médico Érico Djan,
que lamentou pelo falecimento do garoto e se sensibilizou com a dor dos
pais. Mas ele acredita que o principal causador da morte não foi a
inalação do Berotec, e sim a rápida e misteriosa evolução da doença,
cuja suspeita ainda recai sobre a gripe H1N1. Segundo ele, se tivesse
havido crise alérgica ao referido medicamento, a médica teria percebido e
suspendido a prescrição.
Sobre a demora na intubação, Érico Djan
confirma que a médica não autorizou o procedimento quando a família e as
enfermeiras estavam pedindo. Mas ela teria feito isso porque precisava
de mais tempo para avaliar as reações da criança às medicações e, a
partir daí, ter uma orientação mais definida sobre o quadro e os
próximos procedimentos, já que ao fazer a intubação fica impossível de
realizar essas avaliações. No entanto, ele também descarta a hipótese de
que o quadro de saúde da criança tenha evoluído para óbito por causa de
demora na intubação.
Do MaisPatos.