Em Arcoverde, Paulo presta contas e recebe cobranças de alunos da UPE.

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Paulo Câmara prestou contas de suas ações e recebeu cobranças de alunos da UPE de Arcoverde / Aluisio Moreira/SEI

Paulo Câmara prestou contas de suas ações e recebeu cobranças de alunos da UPE de Arcoverde
Aluisio Moreira/SEI.
 
O governador Paulo Câmara encerrou a
primeira etapa do Pernambuco em Ação neste sábado com uma plenária em
Arcoverde e a inauguração de uma Escola Técnica Estadual em Buíque,
ambas cidades do Sertão do Moxotó. O evento de prestação de contas
seguiu os moldes das etapas de Afogados da Ingazeira, no Sertão do
Pajeú, Petrolândia, no Sertão do Moxotó, com discursos feitos sob medida
para destacar as realizações da atual gestão. No entanto, ao contrário
do que ocorreu na quinta e na sexta-feira, o evento foi marcado por uma
pequeno protesto, encabeçado por estudantes da Universidade Estadual de
Pernambuco (UPE) de Arcoverde.

Um grupo de alunos de Odontologia da UPE se postou diante da mesa de
autoridades com uma faixa pedindo melhorias na universidade, mas logo
foi retirado da quadra onde o Pernambuco em Ação estava sendo realizado.
Fora do recinto, os estudantes conversaram com o secretário de
Administração, Milton Coelho, o secretário da Casa Civil, Antônio
Figueira, o chefe de gabinete do governador, João Campos, e o reitor da
UPE, Pedro Falcão.


Apesar do Pernambuco em Ação contar com uma espaço para que moradores
da região façam intervenções, nenhum dos estudantes discursou. As
pessoas escolhidas para falar no palanque, a maior parte integrante de
movimentos sociais ligados à luta por moradia popular, só fizeram
declarações positivas para o governo.

Longe do palco, Allan Martins, do oitavo período de Odontologia da
UPE, cobrou o governador e entregou uma carta dos estudantes a Paulo
Câmara.

“Detalhamos a nossa situação de dificuldade. Até agora, a gente não
conseguiu iniciar esse período e o primeiro semestre de 2017 está
parado. A gente está sem condições de funcionamento porque não tem a
estrutura mínima para a gente fazer as práticas, tanto clínicas quanto
laboratoriais. A gente mudou de um prédio provisório para um definitivo,
que não está ainda totalmente pronto. A previsão é que seja entregue em
abril, com o atraso na compra dos equipamentos e nos processos de
licitação para essas compras, a gente não tem previsão para voltar às
aulas ainda este semestre”, disse.




Cobrado pelos alunos, o governador agendou um encontro para às 11h
desta quinta-feira no Palácio do Campo das Princesas e direcionou a
pressão para o reitor da UPE. “Vamos resolver este problema, não, é
professor?”, disse. A reunião terá a presença de integrantes da Casa
Civil.



Por sua vez, o reitor afirmou que as pendências estão perto de serem resolvidas.

“A empresa entregou o prédio (definitivo do campus) no final de
fevereiro. Então, todos os equipamentos dos laboratórios foram
instalados. A gente está dependendo para inaugurar o prédio que seja
resolvida a questão do orçamento este ano, que é uma reunião de
pactuação que acontece com todos os órgãos do Estado. Esta reunião está
marcada para esta semana. A reitoria da UPE não está com nenhuma
preocupação em relação aos inícios das aulas. É uma questão de momento
para que a gente faça essa reunião de pactuação, todo o processo
licitatório para os ar condicionados para abrir a clínica”, disse.

ELOGIOS


Os elogios feitos pelas autoridades políticas a Paulo Câmara em
Afogados da Ingazeira e Petrolândia se repetiram. O governador também
foi elogiado por integrantes de grupos ligados à luta por moradia
popular, que agradeceram as ações do governo estadual na área em
Arcoverde. Por meio da secretaria de Habitação, o Estado doou um terreno
de 12 hectares, da Fazenda Vencedora e/ou Fazenda Passagem de Pedra,
localizadas às margens da BR-232, no valor de R$ 1,2 milhão.

Ao todo, 1.000 famílias, de cinco entidades diferentes, serão
beneficiadas. São elas o Movimento dos Sem Teto de Arcoverde, Movimento
União Estadual de Moradias Populares, Movimento pró-Arcoverde, Movimento
Nacional de Luta Pela Moradia e Organização e Luta dos Movimentos
Populares de Pernambuco. O protocolo de intenção para o repasse aos
movimentos populares foi assinado durante o Pernambuco em Ação.

Na avaliação de Paulo Câmara, o primeiro ciclo do Pernambuco em Ação foi satisfatório.

“É um balanço que a gente entende como positivo. Há necessidade de
estar presente nos municípios, conversando com as pessoas. São momentos
como esses que fazem a diferença na priorização das agendas e das ações e
na busca de resolução de problemas. A gente tem que estar muito junto”,
afirmou.

Ainda de acordo com o governo estadual, foram liberados R$ 123
milhões para as regiões do Pajeú, Itaparica e Moxotó direcionados para
áreas sócio-econômicas. Na próxima quinta-feira, Paulo Câmara volta ao
interior do Estado para mais um ciclo do Pernambuco em Ação, mas as
cidades ainda não foram divulgadas.
Origem> Jornal do Commercio.

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