Pernambuco terá Campos contra Campos em 2018.

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Pernambuco terá Campos contra Campos em 2018

O PSB adotou como tática não valorizar a saída do advogado Antônio
Campos dos quadros do partido e a filiação dele a uma das legendas que
fazem oposição ao governo de Paulo Câmara.
Pode ser uma estratégia equivocada, pois não está em jogo nessa
travessia a quantidade de votos que Antônio Campos eventualmente possa
ter como candidato a deputado federal. E sim a carga simbólica que ele
representa como neto de Miguel Arraes e irmão de Eduardo Campos, ambos
ex-governadores.


Ao deixar o governo, portanto, para engrossar as fileiras da
oposição, o advogado contribui para o fortalecimento da candidatura do
senador Armando Monteiro ao governo estadual, o que não é pouca coisa.


Será um “Campos” no palanque de Paulo Câmara (João, chefe de gabinete
do governador) e outro (Antônio) no palanque do senador, que poderá ter
ainda um parente de Miguel Arraes (Marília, vereadora recifense)
pedindo votos para ele.


Se, por um lado, a filiação de Antônio Campos ao “Podemos”
fortalecerá a candidatura de Armando Monteiro (PTB) a governador, por
outro neutralizará a exploração que aliados do senador vinham fazendo da
“Operação Fair Play”, que investigou a compra do avião que se acidentou
com Eduardo Campos em agosto de 2014.
Por Inaldo Sampaio.

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