Prefeitos do sertão de Pernambuco reclamam da falta de dinheiro e relatam dificuldades para manter em dia a folha de pagamento.

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Assumir o comando de uma
prefeitura, em tempo de crise econômica, não foi nada fácil para a
maioria dos gestores municipais da região do sertão de Pernambuco. A
reclamação é a mesma entre diferentes prefeitos; se por um lado falta dinheiro, por outro sobram
responsabilidades e respostas a dar para o eleitor que, muitas vezes,
estão, literalmente, batendo na porta da gestão para cobrar o
atendimento de suas demandas. O maior problema desses prefeitos é com a
folha de pagamento, quando entra algo dos repasses a equipe econômica da
administração tem que fazer algumas escolhas: como pagamento do pessoal
efetivo, fornecedores e contratados.



Alguns dos novos
prefeitos do sertão de Pernambuco alegam ter chegado a este cenário com
um agravante: a casa desarrumada pelos antecessores e muitas dívidas
deixadas por eles. Seca, desmonte da máquina pública e escassez de
recursos, tudo isso dificulta as administrações municipais e
consequentemente a vida desses novos gestores. Por outro lado as
populações desses municípios não aceitam essas justificativas, todos
comungam dos mesmos pensamentos: o prefeito foi eleito para resolver os
problemas.



Os prefeitos de cada
município do sertão de Pernambuco alegam ainda que os repasses caíram
significativamente, que há anos os repasses não são suficientes nem
mesmo para fechar as contas de funcionários dos serviços básicos
prestados à população. Segundo um dos prefeitos com quem conversamos, a
situação mais preocupante se reflete na redução dos recursos do Fundo de
Participação dos Municípios e ICMS (Imposto de Circulação de Mercadoria
e Serviços). Em razão de vários fatores que contribuem com essa
situação, mesmo disse ainda que por conta dessas perdas sua
administração não vem conseguindo fazer os pagamentos de todos os
servidores na mesma data.



O problema vem se
agravando a tal ponto que alguns gestores já trabalham com a
possibilidade de diminuição de funcionários contratados e de cargos
comissionados, com o objetivo de equilibrar as finanças de seus
respectivos municípios e também de diminuir desgastes perante a opinião
pública. Alguns municípios da região do sertão ainda
não efetuaram os pagamentos dos servidores contratados e de
comissionados. Os prefeitos desses municípios disseram que conseguiram pagar todos os servidores do quadro de
permanentes, apenas.
 
 
Por  Didi Galvão.

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