O
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirma que o governo não
tem mais votos para aprovar projetos importantes na Casa.
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirma que o governo não
tem mais votos para aprovar projetos importantes na Casa.
Ele diz que o Planalto ficou “fragilizado” e “desgastado” depois de barrar as denúncias contra Michel Temer.
Para
Maia, o presidente precisa melhorar a relação com o Congresso e calar
auxiliares que “falam demais”. “O Jaburu virou um lugar aonde ninguém
quer ir”, provoca.
Maia, o presidente precisa melhorar a relação com o Congresso e calar
auxiliares que “falam demais”. “O Jaburu virou um lugar aonde ninguém
quer ir”, provoca.
O deputado recebeu a Folha
nesta quinta (26), em sua residência oficial em Brasília. Cotado para
disputar o governo do Rio e até a Presidência da República, ele disse
que tentará a reeleição em 2018: “Sou candidato a deputado federal. Sei o
meu tamanho”.
nesta quinta (26), em sua residência oficial em Brasília. Cotado para
disputar o governo do Rio e até a Presidência da República, ele disse
que tentará a reeleição em 2018: “Sou candidato a deputado federal. Sei o
meu tamanho”.
*
Folha – Temer barrou a segunda denúncia com 251 votos, o que representa menos da metade dos deputados. O placar o surpreendeu?
Rodrigo Maia
– Não. O governo estimulou os deputados a viajar para não se expor
[votando a favor de Temer]. Diante da situação, não foi um resultado
ruim. Isso não significa que o governo tenha força para votações
futuras. Daqui para a frente, qualquer matéria polêmica vai precisar de
uma reorganização da base.
– Não. O governo estimulou os deputados a viajar para não se expor
[votando a favor de Temer]. Diante da situação, não foi um resultado
ruim. Isso não significa que o governo tenha força para votações
futuras. Daqui para a frente, qualquer matéria polêmica vai precisar de
uma reorganização da base.
*Como fica a imagem da Câmara depois de salvar um presidente tão impopular
A
Câmara saiu machucada, sem dúvida. Quem não achar isso está enxergando
pouco. O deputado é cobrado nas bases, nas redes sociais.
Câmara saiu machucada, sem dúvida. Quem não achar isso está enxergando
pouco. O deputado é cobrado nas bases, nas redes sociais.
A
gente não pode esconder que a sociedade pediu o afastamento, e a Câmara
entendeu que não valeria a pena. A maioria decidiu de forma
democrática. A questão é conseguir explicar isso ao eleitor.
gente não pode esconder que a sociedade pediu o afastamento, e a Câmara
entendeu que não valeria a pena. A maioria decidiu de forma
democrática. A questão é conseguir explicar isso ao eleitor.
A
denúncia não morreu, o presidente voltará a ser investigado quando
deixar o governo. Mas os deputados acharam que o peso de afastá-lo agora
seria muito grande.
denúncia não morreu, o presidente voltará a ser investigado quando
deixar o governo. Mas os deputados acharam que o peso de afastá-lo agora
seria muito grande.
Muitos deputados também são investigados. Eles blindaram Temer para se proteger?
Mesmo
que seja investigado, o deputado vota olhando o interesse do seu
eleitor. Se ele entendesse que havia uma pressão insuportável, teria
votado contra o presidente.
que seja investigado, o deputado vota olhando o interesse do seu
eleitor. Se ele entendesse que havia uma pressão insuportável, teria
votado contra o presidente.
Não há esse espírito coletivo [de autoproteção]. O deputado vê o que pode tornar insustentável a sua reeleição.
A imprensa registrou a ampla distribuição de cargos, verbas e favores nas últimas semanas. Houve compra de votos?
Acho
que falar de compra de votos é muito forte. O julgamento é político,
né? O governo faz a articulação política com seus deputados de forma
permanente.
que falar de compra de votos é muito forte. O julgamento é político,
né? O governo faz a articulação política com seus deputados de forma
permanente.
Algumas sinalizações foram equivocadas. Tratar de trabalho escravo por portaria é…..
Continue lendo a entrevista clicando aí ao lado: Planalto não tem mais voto para projetos importantes, diz Maia
Por Bernardo Mello Franco – Colunista da Folha.