Pernambuco que concentra o maior número de acidentes de moto. O índice é
de 50 para cada 100 mil habitantes. “É cinco vezes o valor do Estado
inteiro. Uma situação muito grave”, disse João Veiga, coordenador
executivo do Comitê Estadual de Prevenção aos Acidentes Moto (Cepam-PE).
cada 100 mil habitantes é considerado epidemia. Os números foram
divulgados durante o IV Fórum de Mobilização para Prevenção dos
Acidentes com Motocicletas, evento promovido pelo projeto Moto Amiga, na
tarde desta quinta-feira (30), no auditório da Secretaria Estadual de
Saúde (SES),no bairro do Bongi, Zona Norte do Recife.
26.809 pessoas se acidentaram durante a condução de um ciclomotor no
Estado inteiro. Em 2016, o índice do ano inteiro foi de 29.104. “O
interior é uma região onde os recursos são limitados. Até existem
hospitais, mas a pessoa precisa ser transferida para o Hospital da
Restauração (HR) por ter sofrido, por exemplo, traumatismo
cranioencefálico”, explicou Veiga.
situação, de acordo com o coordenador do Cepam. A região do Pajeú tem em
torno de 325 mil habitantes, segundo levantamento de 2013 do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
educação do comitê, endossa a afirmação. Enquanto na Região
Metropolitana do Recife o número de acidentes e mortes caem, no Interior
só aumentam. “Hoje no Interior você tem pai dando uma moto tipo
cinquentinha de presente de 15 anos para os filhos”, comentou.
Governo do Estado e o Detran não são onipresentes. Não tem como eles
conseguirem sozinhos abraçarem mais de 180 municípios”, ponderou Hélio
Calábria, coordenador de educação do comitê. Hélio acredita que a
municipalização é o caminho para diminuir os índices do Interior,
citando o exemplo de Caruaru, que conta desde 2009 com a Autarquia
Municipal de Trânsito (Destra).
Autarquia Municipal de Trânsito (Destra). “Sempre procuramos realizar
ações de prevenção de acidentes de moto. É uma meta da Destra fazer com
que os índices sejam cada vez menores”, contou a diretora de trânsito e
transportes do órgão, Adriana Leite.
Militar no evento, o percentual de multas em fiscalizações no Grande
Recife é menor. “Já no interior o número cresce muito. Seja por falta de
capacete, documentação ou alcoolemia”, disse.