Haddad vê “chance concreta” de STF libertar Lula.

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O
ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad diz ver “chance concreta” de a
2ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) libertar o ex-presidente
Lula da prisão, atendendo a um recurso da defesa que pede efeito
suspensivo da condenação no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª
Região), sediado em Porto Alegre. O recursos será analisado na próxima
terça.

Em
entrevista ao “Jornal da CBN – 2ª Edição”, Haddad afirma que 4 dos 5
membros da 2ª Turma do STF se manifestaram a favor do habeas corpus de
Lula que acabou sendo negado por 6 a 5 pelo plenário do tribunal.
Ex-ministro da Educação dos governos Lula e Dilma, ele considera que a
condenação do ex-presidente ocorreu em “bases frágeis”. “Tenho muita
segurança de que a decisão [do TRF-4] vai ser revertida.”

Haddad
afirma que o PT já tomou a posição de insistir com a candidatura de
Lula até as últimas consequências, “com os riscos inerentes a qualquer
decisão”. Por isso, afirma que não faz sentido debater “plano B” para
lançar outro candidato. Haddad e o ex-governador da Bahia Jaques Wagner
são citados como possíveis alternativas para disputar a Presidência no
cenário em que Lula seria impedido de concorrer.

O
ex-prefeito critica delatores que acusaram e não conseguiram provar o
que disseram. “Em alguns países, o que você não pode provar não pode nem
ser objeto de delação”. Ele afirma que o Ministério Público precisa
rever benefícios concedidos a delatores cujas acusações hoje estão sendo
arquivadas ou invalidadas pela Justiça.
 “Ninguém
pode dizer que, se um delator mentir é culpa do promotor, mas será
culpa do promotor se ele não chamar esse delator para rever o
benefício”.

Haddad
rebate as acusações de caixa 2 para sua campanha à Prefeitura de São
Paulo em 2012. Afirma que cancelou obra superfaturada que seria
executada pela Odebrecht e pela UTC. No caso de Ricardo Pessoa, delator
da UTC, diz que a acusação de caixa 2 no valor de R$ 2,6 milhões é
retaliação por sua decisão em relação a essa obra. Citou o mesmo
argumento para rebater a acusação de delatores da Odebrecht.

A
respeito das manifestações de 2013, afirma que o “lado bom” foi a
reivindicação que considerou justa para que estudantes tivessem passe
livre no transporte escolar. Ele disse que atendeu a esse pleito um ano
depois, quando tinha recursos no orçamento.

No
entanto, avalia que aquela onda de protestos “destampou um processo
muito obscurantista de falta de diálogo”. “Eu não acho que foi uma coisa
muito boa”.

Coordenador
do programa de governo do PT para a eleição presidencial, Haddad
critica o governo Temer, “um desastre”. Afirma que a atual administração
prometeu organizar as contas públicas, mas não cumpriu: “Não arrumaram
as finanças públicas, e o desemprego tá na porta do trabalhador”.

Blog do Kennedy.

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