Serrote Liso: crianças, jovens e adultos vivem em meio a precariedade e os riscos à saúde na cidade de Patos.

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“Maria”
tem 16 anos. Já relata um abordo e mais uma vez enfrenta uma gravidez
de risco. Neste domingo, dia 05, foi levada pelo Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (SAMU) após sentir fortes dores que foram ocasionadas
pelo esforço que fez quando correu para entregar o capacete ao marido,
que estava saindo para beber com amigos.

Em meio ao momento, outra jovem relata que já tem 4 filhos e quer ter mais, pois “o mundo cria e deus ajuda”. Várias crianças pequenas correm descalças, sujas e brincam com que tem ao alcance diante e uma infância dura e sem perspectivas.

Essa
realidade é apenas o relato de um momento quando a equipe do SAMU
prestou socorro a “Maria” na comunidade Serrote Liso, localizada às
margens da Alça Sudoeste, Bairro Salgadinho, em Patos, onde vivem cerca
de 20 famílias.

A
comunidade não dispõe de água encanada, não tem energia elétrica e a
grande maioria das famílias moram em casebres feitos pelos próprios
moradores, as chamadas autoconstruções, que não dispõe de estrutura
adequada para abrigar com decência nenhum ser humano.

A
localidade cresce a cada dia longe do olhar da sociedade e pela
indiferença que se tornou tão comum neste século 21. Com os cortes
drásticos do Governo Federal em áreas da assistência social,
congelamentos dos investimentos em saúde e educação, a tendência é que
realidades como vista na Comunidade Serrote Liso volte a assustar que
ainda dispõe de sensibilidade diante da dor humana.

Setores
da Prefeitura Municipal de Patos, bem como de entidades filantrópicas
do município, tem dado a ajuda mínima na localidade, porém, a carência
cresce em um ritmo muito mais frenético onde foram criadas as próprias
regras de sobrevivência em meio ao caos.
Papelaria_Santa_Ana 
Jozivan Antero – Patosonline.com

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