Segundo os dados coletados pela agência, entre os dias 9 e 15 de
setembro, o preço médio da gasolina nas bombas de todo o Brasil está em
R$ 4,628, com máxima de R$ 6,290, em Tocantins, e mínimo de R$ 3,899, em
São Paulo.
Em Pernambuco, segundo o
levantamento, o preço médio está em R$ 4,441, com o combustível mais
caro sendo comercializado em Petrolina. Lá, o litro da gasolina não sai
por menos que R$ 5,139. Já o preço mais barato foi conferido na capital
pernambucana, com o litro comercializado por R$ 4,099, podendo chegar a
R$ 4,690.
De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Pernambuco (Sindicombustíveis-PE), Alfredo Ramos Pinheiro, o preço mais alto em Petrolina está associado ao valor do frete
e à pouca concorrência. “O frete para Petrolina é mais caro e deixa o
combustível lá em média R$0,30 mais caro do que na capital. No Recife,
embora o valor do combustível tenha aumentado após a última alta nas
refinarias, assim como a própria ANP atestou, tem uma da gasolina mais barata do País, devido à concorrência”, comentou o sindicalista.
A
informação do sindicalista foi confirmada pela reportagem, que
constatou que, na Rua São Miguel, em Afogados, por exemplo, conhecida
por praticar o menor preço da cidade, o litro de gasolina, apesar de ter
aumentado de R$ 4,099, não passava nessa segunda de R$ 4,18.
Também Zona Oeste, na Caxangá, em alguns postos, os preços, no entanto, seguem dentro da média divulgada pela ANP,
cerca de R$ 4,58. Vale lembrar que após atingir, na última sexta, o
maior valor desde o início da nova política de preços, em julho de 2017,
quando o preço nas refinarias chegou a R$ 2,2514, a Petrobras tem utilizado o mecanismo de hedge.
Por
ele, a estatal pode optar em segurar por até 15 dias o valor do
combustível em suas refinarias. “Tal estratégia permitirá maior
flexibilidade na frequência de reajustes, mas não alterará o resultado
final das variações do preço da gasolina decorrentes dos movimentos de
elevação ou de queda na cotação internacional e na taxa de câmbio, ao
final de cada período”, afirma a Petrobras. Pelo seu site, ao menos até
hoje, a estatal deve continuar segurando o repasse diário nas
refinarias, mesmo com a queda no preço da moeda americana, que fechou
ontem em R$ 4,12.
No semana passada, quando foi implantado o
hedge, o dólar era de R$4,20. “Com a queda do dólar e a manutenção do
hedge, a Petrobras ganha mais por dia, porque não repassa de imediato
aquele reajuste (para baixo) para o consumidor final”, alerta o mestre e
professor de economia, Tiago Monteiro. Para ele, quando se tem uma
amarra de preço baseado em cotações passadas, essa operação pode estar
sendo feita em um patamar exorbitante frente às últimas cotações, como
foi o caso da última sexta.
Diesel
Segundo levantamento, o diesel se manteve estável. No Brasil, o combustível
teve um valor médio de R$ 3,638. O valor mínimo praticado foi de
R$ 3,139 e máximo R$ 4,950. Em Pernambuco, o combustível variou entre R$
3,640 a 3,789 com valor médio de R$ 3,695.