Entenda a polêmica entre Anitta, Bolsonaro e comunidade LGBTQ+

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Cantora disse que não quer opinar sobre política, mas seus fãs cobram um posicionamento.

Acomunidade LGBTQ+ tem exigido o posicionamento político da
cantora Anitta, que permanecia em silêncio até esta quarta-feira (19). A
estrela rebateu a pressão dos fãs após ser atacada por seguir uma amiga
no Instagram, que manifestou sua intenção de voto ao candidato à
presidência Jair Bolsonaro (PSL). Se você está confuso sobre toda a
polêmica envolvendo a artista, o presidenciável e o ‘pink money’, calma
que a gente explica.

Indo na contramão de artistas que se posicionaram publicamente contra Bolsonaro, como Bruna Marquezine e Sasha Meneghel,
Anitta não expressava qualquer opinião política. Mas internautas,
principalmente os ligados à causa LGBTQ+, não gostaram nada disso e
cobraram um posicionamento contra o candidato, que chegou a ser condenado por ofensas homofóbicas. A pressão causada na semana passada fez com que a hashtag #AnittaDigaNaoAoFascismo virasse um dos assuntos mais comentados do Twitter.
A
revolta da comunidade LGBTQ+ ficou ainda maior quando surgiu um rumor
de que Anitta estaria seguindo um perfil em apoio a Bolsonaro no
Instagram. A cantora desmentiu o boato nas redes sociais.
“Eu não
segui um perfil em apoio à nenhum candidato. Segui um perfil de uma
amiga de 8 anos que finalmente consegui reencontrar e se ela escolheu
expor seu voto é um problema dela”, escreveu a cantora no Twitter.
“É um direito meu não querer opinar sobre política e eu só estou exercendo esse direito”, completou.
Anitta
também publicou um vídeo no Instagram, dizendo que recebeu xingamentos e
até ameaças pela rede social. “Também estão fazendo o mesmo com a minha
amiga. Eu conheço ela há mais de sete anos e não gostaria de parar de
falar com ela por conta da posição política dela”, afirmou.
As
críticas continuaram até que a artista postou um desabafo no Instagram,
dizendo que é “contra a discriminação de qualquer espécie” e pediu
respeito. “Sofri por ser funkeira, favelada e ainda sofro por ser
mulher. Eu não queria sofrer ainda mais com tanto ódio e ataques.
Vivemos tempos difíceis e é esse o meu desejo. Qualquer coisa diferente
do que citei acima não tem meu apoio, obviamente. Respeitem o próximo e
suas decisões”, escreveu.
A
comunidade LGBTQ+ está dividida após a declaração. Enquanto fãs
defendem a cantora, parte dos internautas dizem que ela não se posiciona
pois está apenas interessada no ‘pink money’. Para eles, a cantora se
diz contra a homofobia para usufruir do dinheiro movimentado por fãs
homossexuais, bissexuais e trans, mas ela não “bota a cara” na hora de
defender a comunidade politicamente.
“Não tomar partido é ser
conivente com o lado opressor. Apenas isso. Repense seu posicionamento
se você realmente é tudo isso o que diz ser”, escreveu um seguidor.
Ainda na quarta-feira, o filho do presidenciável, Flávio Bolsonaro, defendeu a cantora em um vídeo publicado no YouTube.
“Há uma pressão aí que ela se posicione contra o Bolsonaro. Não sei
qual é a preferência político-partidária dela, mas vocês têm que
entender o seguinte, parem de ficar patrulhando a vida dos outros”,
disse.
Após o pronunciamento de Flávio Bolsonaro, Anitta voltou a se manifestar nas redes sociais.
Em vídeo publicado no Instagram nesta quinta-feira (20), a cantora
reiterou que não apoia candidato homofóbico e disse que não
quer participar de jogos políticos. “Mais uma vez repito que eu não
gostaria de ter a minha imagem atrelada a isso. Por isso, eu dispenso
qualquer mensagem de apoio de candidato, ou afiliados, aqui no meu
pronunciamento”, afirmou. 

 Fonte* Mundo ao Minuto Brasil.

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