considerava honrado pela lembrança e imediatamente passou a dar sinais
de entusiasmo pela ideia do capitão reformado. Ficou acertado um
encontro para que os dois se entendam nesta quinta (1º), no Rio.
aplicou a lei com rigor e mandou para a prisão os figurões que se
associaram para saquear os cofres públicos. Sobe ao palco o juiz
inebriado pela adoração popular e pela chance de entrar na política.
Qualquer que seja o desfecho da conversa
com Bolsonaro, Moro comprometeu sua independência como magistrado de
maneira irremediável ao dar passos tão resolutos na direção do novo
governo.
próximo dia 14, data marcada pelo próprio juiz para que o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva seja ouvido em uma das ações em que é réu no
Paraná.
o líder petista tornou-se inelegível depois que sua condenação por
Moro, em outro caso, foi confirmada pelo tribunal de segunda instância.
para alimentar a versão fantasiosa, levada à opinião pública e a
instituições internacionais, de que Lula se viu condenado por corrupção
passiva e lavagem de dinheiro sem provas, devido a mera perseguição
política.
Brasília, o flerte com Bolsonaro põe em dúvida sua isenção e estimulará
pedidos para que tribunais superiores revisem suas sentenças com olhar
crítico.
É previsível o questionamento a decisões
que podem ter contribuído para o triunfo bolsonarista ao reforçar
sentimentos antipetistas —da prisão de Lula à divulgação da delação do ex-ministro Antonio Palocciàs vésperas do primeiro turno.
presidente formar sua equipe como achar melhor, e Moro pode estar
imbuído das mais nobres intenções ao atender a seu convite. O dano para a
credibilidade da Lava Jato, porém, pode ser irreversível.