aproximadamente 280 mil moradores do Sertão do Pajeú e da Paraíba
receberão água tratada nas suas casas, com a entrada em operação da
segunda etapa do Sistema Adutor do Pajeú. A obra, que teve a primeira
fase entregue há quatro anos, está com 62% dos trabalhos concluídos.
A informação foi confirmada pelo
Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), órgão vinculado ao
Ministério da Integração e que está à frente das obras. O
empreendimento, orçado em R$ 483,4 milhões do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC 2) – sendo R$ 190,8 milhões destinados à primeira etapa
e R$ 292,6 milhões para a segunda – faz parte do conjunto de ações do
Governo Federal a fim de garantir maior oferta de água aos sertanejos.
Os serviços deste segundo trecho incluem
montagem de tubulação e instalação de equipamentos hidromecânicos, o
que oferece um “grande grau de complexidade às obras”, segundo o Dnocs,
ao justificar o porquê de a entrega ocorrer quatro anos após a primeira
etapa. Nesta segunda fase, a água será distribuída a 32 localidades dos
estados de Pernambuco e Paraíba, por meio do ramal localizado em
Sertânia, no Sertão do Estado. A primeira etapa, em operação desde 2014,
já beneficia mais de 173.300 pessoas. Com a conclusão das duas etapas
da adutora do Pajeú, a previsão é de que aproximadamente 505 mil
habitantes de 32 localidades de Pernambuco e Paraíba sejam beneficiados.
Só em Pernambuco, segundo o Dnocs, serão
contemplados o povoado Nazaré do Pico, no município de Floresta; três
distritos (Canaã, em Triunfo, Tupanaci, em Mirandiba e Riacho do Meio,
em São José do Egito); e mais 20 cidades, sendo Floresta, Betânia,
Carnaubeira da Penha, Serra Talhada, Calumbi, Triunfo, Santa Cruz da
Baixa Verde, Flores, Carnaíba, Quixaba, Afogados da Ingazeira, Iguaraci,
Ingazeira, Solidão, Tabira, Tuparetama, Santa Terezinha, São José do
Egito, Itapetim e Brejinho. Já na Paraíba, oito municípios serão
contemplados pelo projeto, sendo eles Imaculada, Desterro, Livramento,
São José dos Cordeiros, Taperoá, Princesa Isabel, Teixeira e Cacimbas.
De acordo com o Dnocs, todo o projeto da
adutora do Pajeú, dividido em duas etapas de implementação, contemplam
obras de captação no lago de Itaparica, nas estações de bombeamento
(EBV) 4 e 6 do eixo leste da transposição do Rio São Francisco e a
construção de 20 estações elevatórias, entre outras intervenções. A
extensão da obra é de 598 quilômetros, sendo 196,8 quilômetros na
primeira fase e 402 quilômetros na segunda.
Da Folha PE