A simplicidade das capelas de Flores.

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Sebastião Araújo – Especial para o Diário de Pernambuco.

A religiosidade sempre esteve presente
no cotidiano do sertanejo. Em Flores, a 388 quilômetros do Recife, fé e
devoção marcam a vida, principalmente, do homem do campo.

Na área rural do município se distribuem
39 capelas, que servem não apenas como local de propagação de ritos e
celebrações religiosas mas como ambiente agregador da comunidade. Um
passeio por esse universo é mergulhar por estradinhas de terra,
quilômetros e quilômetros distantes do Centro, e conhecer histórias de
pessoas que vivem em função do apego sincero e fervoroso a Deus e aos
santos.


Resolvi conhecer aquelas que ficam
situadas mais próximas da sede. Iniciei a peregrinação pela capela de
Nossa Senhora do Rosário, no Sítio Saco do Romão. Tudo começa em torno
da residência da agricultora Luísa Rodrigues, que transformou o local
onde morava numa Casa de Reza.




Lá aconteciam novenas e missões. Depois
que ela faleceu, a filha Maria Aparecida Rodrigues Pereira, 52, deu
prosseguimento à religiosidade da mãe e junto com a comunidade ergueu
uma capela e um cruzeiro no meio da vegetação típica da caatinga.


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Uma casa aqui e outra acolá. Todo ano,
no mês de outubro, a comunidade comemora a padroeira da capela, mas nada
impede os devotos de também cumprirem o ritual dedicado a São Sebastião
no mês de janeiro e que inclui o tradicional novenário.




Na capela chamam a atenção o oratório de
1927 e uma gruta erguida ao lado em homenagem à Nossa Senhora de
Lourdes, construída por um agricultor da comunidade como “pagamento” de
promessa alcançada.


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