operação Lava Jato, o ex-presidente Michel Temer atua como chefe de uma
organização criminosa que atua há 40 anos no Rio de Janeiro. Temer foi preso em São
Paulo na manhã desta quinta-feira (21) por agentes federais do Rio de
Janeiro, que teve como base a delação do empresário José Antunes
Sobrinho, dono da Engevix. Sobrinho disse à Polícia Federal que pagou R$
1 milhão em propina, a pedido do coronel João Baptista Lima Filho
(amigo de Temer), do ex-ministro Moreira Franco e com o conhecimento do
ex-presidente.
A Engevix, segundo o G1,
fechou um contrato em um projeto da usina de Angra 3. A investigação é
um desdobramento das operações Radioatividade, Pripyat e Irmandade.
Na ação, ainda foi preso
no Rio de Janeiro o ex-ministro de Minas e Energia Moreira Franco. A PF
cumpre mandados contra mais seis pessoas, entre elas empresários.
Além deste, o
ex-presidente Michel Temer responde a outros nove inquéritos. Cinco
deles tramitavam no Supremo Tribunal Federal (STF), pois foram abertos à
época em que o emedebista era presidente da República e foram
encaminhados à primeira instância depois que ele deixou o cargo.
Os outros cinco foram
autorizados pelo ministro Luís Roberto Barroso em 2019, quando Temer já
não tinha mais foro privilegiado. Os inquéritos foram enviados à
primeira instância.
Os mandados foram
expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio,
responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro. A prisão de Temer é
preventiva. Ao todo são dez mandados de prisão: duas temporárias e oito
preventivas. Agentes também cumprem 24 mandados de busca e apreensão no
Rio de Janeiro, em São Paulo, no Paraná e no Distrito Federal.