promotor Ariano Tércio solicita à Câmara de Carnaíba o cumprimento do
decoro parlamentar nas sessões.
O promotor disse ter ficado como
representante do MP preocupado com o clima na Casa que segundo ele não é
bom. O promotor usou por base a circulação de vídeos nas redes sociais,
áudios e nota do blog tratando do nível do debate na casa aos quais
teve acesso, verificando a sua veracidade.
“Há pouco mais de um ano estou promotor
de justiça de Carnaíba e desde o início das atividades a Câmara tem
ultrapassado campo do debate parlamentar de ideias e perpassando para
um debate apequenado e pessoal, acarretando falta de decoro por alguns
vereadores”.
Ele afirma que na própria transmissão da
Câmara através do Facebook identificou possível fala do vereador
Vandérbio Quixabeira ao dizer, por exemplo que a casa “só terá jeito se
acontecer o que aconteceu em Floresta”.
“Isso se não for cessado agora poderá
realmente no que aconteceu naquele município citado, o que não queremos
que aconteça. Estamos firmes combatendo essas atitudes que poderão ser
classificadas como criminosas, acarretando na possível cassação de
mandato”.
O promotor lembra que o clima pacífico
de Carnaíba hoje foi construído por diversas pessoas e instituições,
destacando o Juiz José Carvalho de Aragão Neto, o promotor Frederico
Guilherme Magalhães, o Padre Luiz Marques Ferreira, os poderes
executivo e legislativo, os profissionais da saúde, educação, segurança e
demais setores, contribuindo para que a cidade ostentasse o título de
Princesinha do Pajeú.
“Os vereadores tem a oportunidade de
contribuir com o município, votando projetos de leis importantes,
fazendo analises técnicas e não meramente políticas, enobrecendo esta
colenda Casa e não envergonhando o município e a população que depositou
nos senhores a confiança e exercer o papel de representantes do Poder
Legislativo”.
O representante do MP solicitou que a
orientação seja lida na próxima sessão da Câmara e diz que espera que a
questão seja resolvida no âmbito do poder legislativo, sem precisar de
interferência do MP. “Não tomarei ao menos neste momento nenhuma medida
judicial, pois desejo que esta triste situação seja resolvida no âmbito
interno, com diálogo e cordialidade”.