Cerca de 60 pessoas sobrevivem diariamente dos restos que a sociedade
descarta através do lixo. Jovens, homens feitos e mulheres disputam o que
encontram no lixão da cidade de Patos. A busca por algo de valor em meio a
sujeira é uma cena comum para os trabalhadores.
com as demais substâncias químicas que se encontram no amontoado da decomposição.
Naquele meio, estão latinhas, pedaços de fios de cobre, garrafas de vidro,
plásticos, alumínio de panelas descartadas pela dona de casa…tudo isso tem
valor e merece ser separado no lixão para ser vendido e gerar dinheiro que move
o mundo e suprem as necessidades básicas.
com a presença dos trabalhadores no vai e vem frenético. São centenas deles que
comem e sobrevoam diariamente na paisagem assustadora.
Quando os caminhões chegam para descarregar o lixo coletado
pelas ruas de Patos, os trabalhadores de material reciclável se concentram e os
ganchos usados pelas mãos ágeis são as ferramentas essenciais na separação do que
serve e o que não serve para a venda. A poeira cobre o espaço. Tudo é muito
rápido e o silêncio das palavras revelam a concentração daquele momento onde se
escutam as moscam aos milhões.
“João” e sua esposa estão naquele meio. Ele relata que a
dificuldade é muito grande e os cortes na pele acontecem devido à ausência de
proteção. O trabalho é a céu aberto e vez por outra, alguém adoece pela
insalubridade do ambiente. “A gente ‘somos’ esquecidos….”, confessa João.