política tem de vez em quando as suas coincidências, mas a reunião que
se deu ontem, no Palácio das Princesas, com o governador Paulo Câmara e o
senador Humberto Costa e o seu balaio petista a tiracolo, é uma dessas
que não se escreve nem ninguém engole.
Até
porque é uma coincidência que se dá um dia após o ex-presidente Lula
anunciar, em entrevista ao portal UOL, que o PT fechará, na reunião da
sua executiva, hoje em São Paulo, o apoio velado à candidatura da
deputada Marília Arraes à Prefeitura do Recife em faixa própria,
relegando a segundo plano a aliança com o PSB.
Humberto
é senador e não executivo, mas acabou sendo a principal vedete de uma
suposta reunião de trabalho sobre agricultura, cujo setor no Estado é
comandado a mão de ferro pelo lambe botas de Humberto, o secretário
Dilson Peixoto, que veio conhecer uma vaca depois de empossado.
Humberto,
Dilson e Carlos Veras, este deputado federal, devem ter discutido, na
verdade, a forma maquiavélica de puxar, mais uma vez, o tapete de
Marília. Coincidência ou não, se percebeu a ausência de Odacy Amorim,
pré-candidato do PT à prefeito de Petrolina, o único que,
verdadeiramente, não vai colocar sua colher nesse angu de fritura,
porque Marília eleita prefeita do Recife ele assume o mandato dela por
ser o primeiro suplente. Claro, faça-se um parêntese, se Odacy não
emplacar a Prefeitura de Petrolina, projeto de elevado desafio pelo
favoritismo do prefeito Miguel Coelho, candidato à reeleição pelo MDB.