Carnaíba sediou nesta terça-feira (18.01), o 1º encontro de 2022 entre os prefeitos ligados ao Consórcio de Integração dos Municípios do Pajeú (Cimpajeú), que também contou com autoridades do Ministério Público de Pernambuco, e de secretários municipais ligados às gerências regionais de saúde, (Arcoverde, Afogados da Ingazeira e Serra Talhada), que fazem parte do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
O fato novo apresentado por representantes do Cimpajeú, foi sobre a ausência de repasses por parte do Governo Federal e Estadual e a falta de habilitação de alguns municípios, que ainda não enviaram ao Consórcio documentação como, alvarás de funcionamento e comprovação de pagamento de licenciamento dos veículos. Em seguida foi apresentada planilhas com possibilidade de aumento diante da nova realidade financeira, com a garantia de que ocorrendo os repasses por parte do Governo de Pernambuco e Governo Federal, haverá uma nova repactuação de valores entre os municípios, o que foi de imediato questionado por Isaac Alisson, secretário de Saúde de Arcoverde.
“Essa insegurança…são muitos ‘se’, quando serão sancionados? Não estou criticando o Samu, fiz defesa desse serviço. Mas eu acho que temos que sanar esse ‘se’”,
questionou.
A intervenção de Isaac foi rebatida por Artur Amorim, secretário de Saúde de Afogados da Ingazeira, que assegurou o pleno funcionamento do Samu ao detalhar 1.657 atendimentos efetivados pelo serviço e alfinetou: “Agora é importante que se participe das discussões…estamos lutando desde 2014 e só agora que conseguimos colocar em prática”, defendeu. Artur ainda validou o modelo de consórcio, criticou a falta de repasse por parte do governo federal para custeio da saúde e acrescentou: “O ‘se’ vai sempre existir”. Artur ainda defendeu pressão junto ao Ministério da Saúde em Brasília; movimento que foi descartado pelos prefeitos, Anchieta Patriota (Carnaíba) e Adelmo Moura (Itapetim).
Anchieta, notoriamente é contra o aumento, justificou ter um hospital municipal com 127 funcionários, com uma despesa fixa mensal de R$ 450 mil, sem ajuda do governo federal. O prefeito de Carnaíba ainda colocou que as emendas parlamentares é que tem ajudado no custeio dos serviços prestados pela unidade.
Anchieta ainda sugeriu criar uma equipe formada com os prefeitos para reavaliar os custos para funcionamento do Samu e criticou os colegas gestores, que vão ao distrito federal. “Não precisamos gastar dinheiro com passagens para Brasília. É desnecessário essa ida a Brasília”, sustentou em direção a Artur.
Já Adelmo, de Itapetim, mesmo sendo favorável ao aumento do repasse advertiu a forma que foi iniciado o serviço do Samu. “Eu acho que era para credenciar primeiro para depois iniciar o serviço”. Adelmo sugeriu provocar a bancada federal e alertou: “Vou assinar, mas quero um prazo. Só vamos assumir se puder pagar, paguei sem ter instalado em Itapetim, mas paguei”,
frisou.
Contrária às opiniões de Anchieta e Adelmo, Márcia Conrado (prefeita de Serra Talhada), disse que mesmo aumentado o repasse para R$ 260 mil, o Samu continua sendo prioridade da sua gestão e sustentou. “Tivemos em Brasília sim e vejo agilidade nas nossas pautas…o Samu continua sendo prioridade” afirmou em bom tom.
Os prefeitos têm um prazo de 10 dias para analisar o novo contrato de repasse, prazo estabelecido pelo Cimpajeú, para assim dar início ao novo planejamento financeiro e operacional do serviço na região.
Prefeitos presentes: Márcia Conrado (Serra Talhada), Luciano Torres (Ingazeira), Anchieta Patriota (Carnaíba), Ângelo Ferreira (Sertânia), Adelmo Moura (Itapetim), Djalma Alves (Solidão), Zeinha Torres (Iguaracy) e Zé Pretinho (Quixaba).
Fonte:) Blog de Junior Campos