Eleições 2022 – Alckmin oficializa filiação ao PSB para ser vice de Lula.

“Essa anomalia (governo Bolsonaro) precisa ser encerrada”, disse o presidente nacional do PSB.

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O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin assinou hoje (23.03) em Brasília, sua filiação ao PSB. Político alinhado à centro-direita, Alckmin terá a missão de ampliar o alcance da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Incentivado a ser vice da chapa presidencial, o ex-tucano será importante, segundo aliados de Lula, para conquistar eleitores de centro e setores econômicos ainda relutantes ao retorno do PT ao poder.

A entrada de Alckmin na disputa eleitoral também serve ao propósito de Lula de tentar ocupar o vácuo político ainda não preenchido na chamada terceira via, de eleitores de centro.


Primeiro a discursar durante o evento, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, ressaltou a necessidade de a oposição a Jair Bolsonaro ampliar o leque de apoios durante o pleito. “Não se trata de uma disputa entre esquerda e direita. Será entre a democracia e o arbítrio”, disse Siqueira, que mais de uma vez fez referência a Jair Bolsonaro:  “Essa anomalia (governo Bolsonaro) precisa ser encerrada”.

Adversário histórico do PT em São Paulo e em disputas nacionais, Alckmin ainda é recebido com relutância por correntes do petismo. Hoje, a presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, representou Lula na cerimônia. Ao lado dos líderes do PT da Câmara e do Senado, Gleisi fez um breve discurso em que ressaltou a importância do ato de filiação. Segundo ela, “nunca foi tão necessário juntar forças”. A presidente do PT fez questão de lembrar que o PSB apoiou os dois governos Lula. “Nós estivemos juntos e juntos fizemos História. E faremos juntos novamente”, afirmou.


Sem consenso para a formação de uma federação entre PT e PSB, que obrigaria a união das legendas por quatro anos, os socialistas se concentram neste momento em reverter as saídas de deputados. A sigla deve ser uma das maiores afetadas até o fim da janela partidária. Ainda assim, os socialistas já confirmaram publicamente que farão parte da frente de partidos de esquerda na coligação de Lula. Alckmin, por sua vez, será o símbolo principal dessa união.

No PT, correntes de esquerda e dois ex-presidentes nacionais do partido, Rui Falcão e José Genoino, têm se manifestado contra a indicação do ex-tucano para vice na chapa. Mas a expectativa é que a opinião de Lula prevaleça. O ex-presidente tem afirmado, em conversas, que caberá a ele indicar o seu vice, já que o posto é de extrema confiança.

Após o processo de escolha de Alckmin ser resolvido no PT, Lula passará a envolver o tucano em discussões sobre o programa de governo que será apresentado ao país. O ex-presidente enfatiza ainda que o ex-governador, que deixou o PSDB após 33 anos na legenda, não será um vice decorativo e participará ativamente, tanto da campanha como de um eventual governo.

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Por Magno Martins.

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