Na casa de seu pai, José passou a infância e a adolescência. Aquele foi um tempo de aprendizado sobre Deus e os valores espirituais. Era também uma época de sonhos e expectativas. Ele não precisava se preocupar com contas a pagar nem família pra sustentar. Mas, para crescer, José precisava sair do ninho. Não podia viver para sempre em sua zona de conforto, protegido pelo amor paterno (Gênesis 37).
Na casa de Potifar, a situação mudou drasticamente. José se tornou escravo e depois prisioneiro. Foi uma fase de muito trabalho, provação e sofrimento, com muitos deveres e poucos direitos (Gênesis 39). Alguém poderia dizer que José era um fracassado, que estava em pecado ou até amaldiçoado, mas nada disso seria verdade. Deus não o livrou imediatamente daquelas tribulações nem das injustiças que lhe sobrevieram, pois tudo era necessário à sua formação.
Na casa de Faraó, José viveu um tempo de realizações, reconhecimento e recompensas (Gênesis 41). Nossas vidas também são divididas em fases. Entre os sonhos e as concretizações existe um tempo e um longo caminho traçado pelo Senhor. Devemos aproveitar ao máximo o propósito de cada etapa, estudando, trabalhando e, sobretudo, sendo fiéis ao Senhor. As tribulações fazem parte do processo que nos conduz à realização dos planos de Deus para nós. O inimigo arma ciladas no caminho para nos impedir de avançar, mas, como está escrito, “resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4.7). Mesmo que a situação esteja difícil e não entendamos cada detalhe, estamos certos de que Deus está no controle. A história ainda não acabou. Finalmente, José foi usado para salvar milhares de vidas e abençoar as nações. Então, ele viu que tudo valeu a pena.