O Gerente Regional da Compesa, Kaio Maracajá, admitiu ao comunicador Nill Jr, que o cenário desenhado é preocupante. Primeiro, porque mostra que o volume de ações de ampliação da distribuição a partir da Adutora do Pajeú em cidades da região e comunidades, como no SISAR, está reduzindo a vazão disponível nas cidades.
A operação matemática é simples: com a mesma fonte de distribuição abastecendo mais cidades e comunidades, a água disponível é mais rateada. Com o aumento do consumo pelo calor, somando-se a interrupções no fornecimento de energia elétrica que afetam a rede, há queda na qualidade da distribuição.
Em Afogados da Ingazeira, por exemplo, a Barragem de Brotas, que respondia por 25% da água distribuída, hoje fornece 40% do que é consumido. A Adutora responde por 60%. Com a queda de volume na barragem e as interrupções por problemas técnicos na Adutora, a qualidade da distribuição piorou muito.
Em outras cidades, como no Alto Pajeú, a dependência da Adutora é ainda maior. E basta que haja uma intercorrência em qualquer ponto da adutora para que os municípios sofram na ponta.