A prefeitura de São José do Egito, Sertão do Pajeú, vem sendo alvo constante de desgastes que comprometem a imagem da quarta gestão de Evandro Valadares (PSB). Em menos de uma semana, por exemplo, três situações tomaram conta de blogs, redes sociais e grupos de WhatsApp causando alvoroço na situação e dando cartucho para a oposição.
Nesta quinta (11) os garis cruzaram os braços por falta de pagamento. Vídeo gravado dentro da Secretaria Municipal de Infraestrutura, que coordena a limpeza pública, mostrando os profissionais sentados e se organizando para paralisação, viralizou em aplicativos de mensagens. O ato causou mal-estar dentro do próprio governo. Ninguém quis comentar o acontecido. O secretário da pasta, Gerson Souza, não emitiu nenhuma nota à imprensa.
Neste mesmo dia, outro imbróglio repercutiu de forma extremamente vexatória para a Secretaria de Cultura, Turismo e Esportes. Árbitro que trabalhou num campeonato de futebol promovido pela pasta enviou áudio a vereadores da oposição denunciando e reclamando da falta de pagamento dos valores acordados pelo serviço. Segundo o profissional, há quase dois meses tenta contato com o titular da secretaria, Henrique Marinho, e não obtém resposta sobre a liquidado da dívida. Segundo o conteúdo do áudio, divulgado em grupos de WhatsApp, o gestor não responde as mensagens e não atende ligações.
Após a chuva de críticas na internet, parlamentares oposicionistas foram informados por um dos árbitros que, com a denúncia divulgada, o problema foi resolvido. Os pagamentos foram liberados.
O fato que possivelmente trouxe o maior desgaste ao governo Evandro Valadares nos últimos meses foi a divulgação, no final de semana passado, da lista de municípios que ficaram de fora da complementação VAAR (Valor Aluno Ano Resultado) do Fundeb 2024. E São José do Egito constava dela. O município ficou inabilitado por não cumprir as condicionalidades de melhoria de gestão previstas na Lei nº 14.113/2020. Consequência: por dois anos o município terá menos recursos para investir na educação básica, o que pode prejudicar a qualidade dos serviços.
A prefeitura egipciense não paga o piso salarial profissional nacional dos professores, e essa é uma das condições de melhoria de gestão exigidas na lei em questão.
Mais uma vez o secretário Henrique Marinho tem sua gestão abalada. Atual gestor da Cultura, acumulava até pouco tempo a pasta da Educação, recaindo sobre o mesmo o peso dessa perda de recursos para o setor na Terra dos Poetas.
Relembre-se que Marinho é vereador licenciado e teve seu nome citado em vários momentos como possível pré-candidato da situação nas próximas eleições.