Um levantamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) revelou gastos, em 2023, de R$ 1,8 bilhão em obras públicas paralisadas ou com indícios de paralisação em Pernambuco. O valor já pago corresponde a 31% do total dos contratos paralisados (R$ 5,9 bilhões), e a 9% de tudo o que foi empenhado em contratações públicas no ano (R$ 19,3 bilhões).
O TCE-PE identificou 1.504 contratos sem conclusão, sendo 462 declarados paralisados pelos próprios gestores públicos, e 1.042 com sinais de paralisação ou abandono, ou seja, com desembolsos irrisórios (menores que 15% do valor total do contrato) em 2022.
As áreas mais afetadas foram mobilidade urbana (23,4% do total); serviços de abastecimento d’água (11,1%); e barragens (8,6%). Dos contratos paralisados, 1.185 são municipais e 319, estaduais.
O Blog Juliana Lima fez o levantamento das obras paralisadas ou inacabadas na região do Sertão do Pajeú.
Os maiores valores informados pelo TCE são referentes à obras nos municípios de Serra Talhada e Afogados da Ingazeira. Em Serra Talhada, o painel aponta R$ 46.439.371,74, mas a lista de obras apresenta erros, devendo ser corrigida posteriormente pelo tribunal.
Confira:
Afogados da Ingazeira: R$ 21.812.921,23
São José do Egito: R$ 4.356.094,97
Brejinho: R$ 1.700.760,14
Santa Cruz da Baixa Verde: R$ 1.658.700,79
Tabira: R$ 157.224,04
Carnaíba: R$ 2.468.601,45
Itapetim: R$ R$ 1.039.999,52
Iguaracy: R$ 5.382.196,09
Calumbi: R$ 4.183.526,00
Tuparetama: R$ 1.099.720,5
*Serra Talhada: R$ 46.439.371,74
Confira o painel atual das obras paralisadas e o resultado dos levantamentos anteriores.
Veja aqui a relação de obras paralisadas em seu município e no Estado.