O Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) revela dados que mostram um cenário financeiro crítico em São José do Egito. Fredson Brito, do Republicanos, eleito no último pleito com 10.523 votos (54,46% dos votos válidos), assume a prefeitura em meio a um desequilíbrio orçamentário significativo. Os números mostram que, até o momento, o município arrecadou R$ 104.243.463,61 — abaixo da previsão de R$ 124.120.000,00, o que indica uma arrecadação insuficiente para cobrir o orçamento estabelecido.
Além disso, as despesas liquidadas já atingiram R$ 109.804.007,61, superando a receita efetivamente arrecadada e criando uma perspectiva de déficit ao final do ano. Com essa diferença entre receitas e despesas, o município provavelmente fechará 2024 com restos a pagar, pressionando ainda mais o orçamento do próximo ano.
A composição das receitas mostra que a maior parte dos recursos vêm de receitas correntes (R$ 112.931.540,80), enquanto as receitas de capital — destinadas a investimentos em infraestrutura e desenvolvimento — foram extremamente baixas, totalizando apenas R$ 422.877,26. Isso significa que São José do Egito tem poucas fontes para impulsionar novos projetos, aumentando sua dependência de tributos e transferências correntes para manter os serviços básicos.
Com um déficit à vista e uma perspectiva de restos a pagar, a situação financeira do município pode ser classificada como crítica. Fredson Brito, agora à frente da prefeitura, precisará buscar estratégias para reequilibrar as contas públicas do município, encontrar fontes alternativas de arrecadação e fortalecer as finanças da cidade. Caso contrário, a gestão poderá enfrentar dificuldades para honrar compromissos e garantir investimentos essenciais para o crescimento da cidade.
Por Júnior Campos.