Maria Bonita ganhou o título de Rainha do Cangaço sem nunca ter dado
um tiro. A verdadeira guerrilheira se chamava Dadá, a mulher de Corisco,
o Diabo Louro.
pelo cangaceiro e passou meses em cima de uma cama, ardendo em febre,
infestada de doença do mundo.
Silva, só entrou após a chegada de Maria Bonita. Até então era proibida a
presença de mulheres.
acompanhavam os amantes nas pilhagens. Ficavam acampadas remendando
roupas, cozinhando, lavando e se deliciando com as joias dadas de
presente. Dadá passou a acompanhar o bando e a participar das lutas. Foi
a única a empunhar um rifle. Suas colegas quando muito portavam
pequenas pistolas ou revólveres, mais para enfeite do que para fazer
uso.
Teve sete filhos com Corisco, todos eles sigilosamente distribuídos entre fazendeiros, amigos dos cangaceiros.
pela volante do tenente Zé Rufino. Dissolvera o bando, e abandonara as
vestes típicas, procurando passar por simples retirante.
“É Corisco?”
O cangaceiro respondeu:
–É Corisco véio!”
O militar questionou: “Por que não se entregou?”
E Corisco retrucou:
–Sou homi para morrer, não para se entregar”.
Ficando com os intestinos à mostra, conseguiu sobreviver durante dez horas.
Dadá recebeu tiros na perna, que depois foi amputada por causa da gangrena.
coronel José Rufino, responsável pela morte de Corisco. Ele, velho e
doente, chorou ao vê-la. Dadá, forte e altiva, o perdoou, no entanto,
desmentiu o algoz. Ele não matara seu marido em combate, afirmou. “Foi
emboscada”.