encontrava ameaçado pelo socialismo, atacou a corrupção que assolava o
país nos governos petistas, com elogio explícito a Sergio Moro, e a
criminalidade que vicejou nos governos anteriores e que começa a
diminuir no seu primeiro ano de mandato.
Partiu para cima do regime
venezuelano, do Foro de São Paulo, da ação cubana na América do Sul e do
ambientalismo manipulado por uma visão colonialista.
O presidente afirmou que a Amazônia não está em chamas, ao contrário
do que diz a mídia internacional “sensacionalista”, e criticou a
tentativa de tolher a soberania brasileira na região, sem citar o
francês Emmanuel Macron.
Atacou o cacique Raoni, queridinho na Europa,
dizendo que ele não é o único representante dos povos indígenas, e leu
uma carta assinada por representantes de 52 tribos que pediam
desenvolvimento econômico nas reservas e legitimavam a índia Ysani
Kalapalo, que integra a comitiva brasileira como representante dos
indígenas brasileiros.
Bolsonaro também reforçou o compromisso do Brasil
com o livre-comércio e o respeito a acordos internacionais, que disse
pretender multiplicar. Ele defendeu a democracia de expressão e
informação, apesar de ter atacado a mídia.
Na última parte, agradeceu a Deus por estar vivo depois de ser
esfaqueado por um militante de esquerda, criticou a perseguição de
caráter religioso e foi “terrivelmente evangélico”, ao atacar
transversalmente a chamada ideologia de gênero.
Goste-se ou não (boa parte da imprensa não gostará), Bolsonaro
finalmente fez um discurso de estadista – sem deixar de ser Bolsonaro,
claro.