Folclore de Santa Terezinha – O Par de Chifre que Mané de Coco botou em Lampião.

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Manoel Bento de Araújo, o famoso e bom vaqueiro Terezinhense conhecido por Mané de Coco tinha a arte de contar histórias com tamanha realidade, que quem não o conhecesse jurava que tudo aquilo dito era verdade. Mané gostava de tomar umas coscorobinas e viajava no mundo da imaginação, contando suas aventuras no mundo do cangaço, combatendo as volantes e lutando ao lado dos cangaceiros.


Ele relatava das brigas, guerrilhas e batalhas que travou nos cafundós do sertão por cinco cruzeiros. De tantas pessoas mortas, do sofrimento, seca, suor, lágrimas e também dos namoros da sua imaginação.

Papelaria_Santa_Ana
Mané de Coco contava que fez parte do bando de Lampião como capanga, e duelou ao lado do Robin Hood do Sertão mundo a fora durante anos e só deixou o Capitão Virgulino com medo de morrer, pois teria botado um Par de Chifre no Rei do Cangaço, amancebado com Maria Bonita. 

Antes de Lampião, Maria Bonita foi casada com um sapateiro, Zé de Neném, e devido a tantas brigas, deixou o marido e se juntou com Virgulino Ferreira da Silva, que mesmo cego de um olho, atirava feito a peste e metia medo na puliça e nos coronéis de então.

Segundo relatos do tempo, nos fins de semana a mulher do chefe não trabalhava devido a uma promessa que vez e o danado do Mané de Coco, pegou a deixa e saiu com essa invenção de chifrar Lampião. 

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Moradores de Santa Terezinha ainda vivos, narram que Mané de Coco
dizia que achava ser o único homem no mundo que colocou chifre em Lampião. Segundo o que Mané de Coco contava, certo noite Lampião o chamou e disse; 

👨- Mané hoje eu vou sair com o bando pra resolver um assunto sério, então você fica com Maria na barraca porque ela não pode ficar sozinha. 
Quando o bando saiu Maria ajeitou um cantim dentro da barraca e disse; 
👸-Mané, eu drumo aqui e tú drome alí, um pertim do outro. 
Ainda disse; 
👸-Tu num sai daqui de perto que eu tenho medo de ficar sozinha. 
Mané pensou, é hoje!!!😈😈😈
E aproveitou pra bulir no que era alheio, pia!

OUÇA A RISADA HILÁRIA DE MANÉ DO COCO

Foram drumi💤 e lá pras tantas Mané foi se incostando, se incostando, se incostando até a Bonita…ainda meio que acordada, meio que drumindo disse; 

👸Tu já chegô Lampião?
Mané bem baixim respondeu; 
👷Cheguei
Ai ficou alí por cima, uma catucada alí, outra catucada aculá e acabou fazendo aquele serviço.😱😱😱
A Bonita meio desconfiada disse assim;
👸-Oxente Lampião, hoje tu tá diferente, teu negóço tá mais grosso! – Foi um marimbondo que te feruou lá, foi?

😅😅😅😅😅
Mané ficou bem quetim, num deu uma palavra, mau respirava. Se levantô bem caladim, butô sua rede no saco e saiu de pontinha de pé.

🏃🏃🏃🏃🏃
Pertim assim tinha uma ribanceira de serra e Mané pegou descendo de vala a baixo e pegô o beco; sumiu, desapareceu, caiu no oco do mundo, se escafedeu; com medo de Lampião chegar e a Bonita perguntar. 
👸- Uaiii Lampião! tu num chegô asanoite?
O homi veio se bora com medo de ter os pissuídos cortados🔪 ou ser morto.
😆😆😆😆😆😆


O saudoso Mané de Coco foi um artista na contenda das histórias sobre Lampião em Santa Terezinha, deixando vários ‘contos’ que aos poucos estarão em foco no blog.


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