Serra Talhada – Professores e servidores da educação deflagram estado de greve e pressionam prefeito.
pressão da categoria de professores e servidores da educação em Serra
Talhada, em favor de uma reajuste salarial de 6% para toda a classe.
Caso não haja acordo, uma greve deve ser deflagrada nas próximas
semanas.
A decisão pelo estado de greve foi aprovada na última sexta-feira
(22), quando ficou decidido que nesta quinta (28) toda a categoria irá
parar suas atividades como medida de advertência.
Até o momento, o prefeito Luciano Duque não ofereceu uma proposta
condizente com o anseio classista. O movimento de pressão no governo é
liderado pelo vereador da própria base de Duque, Sinézio Rodrigues. As
declarações do parlamentar foram ao ar durante o programa Farol de Notícias, na rádio Vila Bela FM.
“Nós em assembleia decidimos deflagrar estado de greve em virtude do
governo municipal ter feito uma proposta para a categoria de reajuste de
2.5% de aumento para os trabalhadores auxiliares de serviços gerais e
administrativos e de 4.17% para os professores. Quando o prefeito fez
essa proposta, a categoria ofereceu uma contra-proposta pedindo um
reajuste de 6% para todos que trabalham na educação independente da
função. O governo respondeu reafirmando a sua proposta anterior alegando
que não tinha condições financeiras e que, portanto, iria mandar
projeto para a Câmara [Municipal] com as propostas de 2.5% e 4.17%”,
afirmou Sinézio Rodrigues, detalhando:
“Então, na assembleia a gente avaliou que esses percentuais não
correspondem realmente aos anseios da categoria. Nós entendemos que há
uma crise financeira, mas a educação tem uma verba carimbada na ordem de
R$ 40 milhões para 2019, fora isso tem a contrapartida do governo
municipal no sentido de atingir o percentual obrigatório de 25% em
investimento em educação. E nós temos aí quase que o dobro de dinheiro
para se juntar com esse do Fundeb, do governo federal. Então, a
categoria decidiu por deflagrar o estado de greve e na próxima
quinta-feira (28) haverá uma paralisação de advertência de 24 horas,
né?”.
Conforme Sinézio, a categoria aguarda com ansiedade um outra
contraproposta do governo. E conta que a nova secretária de Educação,
Marta Cristina, seja uma peça importante neste xadrez, no sentido de
convencer o prefeito a rever os percentuais sugeridos inicialmente pelo
governo, os quais Sinézio Rodrigues tachou de “vergonhosos”.
“No dia 1º de abril, a categoria vai ficar atenta à votação desse
reajuste na Câmara, porque a categoria não quer a aprovação desse
projeto e no 2 de abril, a categoria volta a se reunir em assembleia
para analisar alguma proposta que o governo encaminhe à categoria nesse
período. E se não tiver nenhuma proposta para analisar, a categoria vai
decidir por uma greve por tempo indeterminado. Então, nós estamos em uma
semana de alerta e que espera que a secretária Marta Cristina, que vem
demonstrando grande habilidade à frente da pasta, consiga convencer o
prefeito Luciano Duque que é possível oferecer uma outra proposta de
reajuste para que a gente evite qualquer paralisação das aulas. Porque o
percentual oferecido pelo governo é um percentual muito vergonhoso”,
disparou o vereador.