Santa Terezinha -Lembrança do Forró de Adalberto.

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Hoje nossa história é sobre o Forró de Adalberto. Santa Terezinha já fez tantas justas homenagens no João Pedro a pessoas especiais, como o nosso grande sanfoneiro Damião Bernardino, Mané do Coco e tantos outros,  mas nunca se lembrou em homenagear o grande Adalberto. Seu forró é lendário por ser um dos mió daqueles tempos.

Naquela época nem se imaginava que a Terrinha Santa teria uma festa tão grandiosa, e uma das mais faladas e prestigiadas na região, o nosso João Pedro, cheio de grandes atrações, barracas personalizadas, grandes palcos, luzes e som pra mais de mil.Papelaria_Santa_AnaDeixando o JP de lado e falando do forró daqueles tempos, dos anos onde a noitada era regada ao som do fole, zabumba, triangulo e vocal. Itapetim, Tuparetama e Água Branca-PB já faziam um São Pedro daqueles, mas em Santa Terezinha, a tradicioná festa no sítio era falada. A noite de São Pedo era comemorada no Sítio Bariguda, na casa do sinhó Adalberto.

Outro forró bom que tinha naqueles tempos era o de Seu Romão também na Barriguda, mas segundo os que viveram aqueles tempos, o do sinhó Adalberto ganhou mais destaque. Na noite de São Pedo quem podia fretava um carro pra ir, mas quem era lascado do primeiro ao quinto qui nem nois ia na aviação canela até a Barriguda. A moçada se perdia nas estradas escuras, alumiadas aqui, acolá com o clarão das fogueiras e se encontravam depois de muito pelejado procurando o barui do terrero do sinhó Adalberto.

Quando a festa surgiu, não se cobrava entrada de ninguém e a mulher que desse ‘um corte’ era expulsa do salão. *para os mais moços, corte nesse sentido, era se negar a dançar com alguém. O forró era sadio, sem as safadezas que se ver hoje em dia. Se dançava com respeito e o cabra que não quisesse passar a noite todinha sozinho e balançando os queixos de frio, que procurasse uma parceira e arrochasse o nó tomando Pitú e dançando.

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Com o tempo, se passou a esticar um corda e o cabra tinha que contribuir um pouquinho para entrar; não adiantava querer sair de fininho, nem aqueles que queria se aproveitar daquele movimento da mulesta pra passar por baixo da corda. Ou contribuía ou num dançava.

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Ao passar das décadas o forró foi se transformando, se tornando compatível a grandes shows, com grandes produções, mas com certeza o Sinhó Adalberto foi um dos pioneiros do forró em Santa Terezinha e merece ser lembrado com saudades.
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13 Comentários
  1. Unknown Diz

    Não sou da época mas minha mãe e meus tios sempre falaram desse forró que meu avô Romão e tio Adalberto faziam

  2. Unknown Diz

    Obrigado 👍

  3. Unknown Diz

    Lembro demais, ainda era menino mais cheguei a dançar muito na casa do meu tio Adalberto, eita tempinho bom que não volta mais

  4. Wilson Zalma Diz

    Sou Neto de Adalberto Florentino do Egito Zalma…estou emocionado com tantas lembranças…recordo o zelo que ele tinha com tal festa…1997 foi o último São Pedro que ele fez…Obrigado pela justa homenagem feita a meu amado avô e ao tio Romão.

  5. Jucelyo Moura do Egito Diz

    Sou sobrinho do Sr. Adalberto e neto do Sr. Romão, e cresci escutando histórias relacionadas a esses momentos.
    Gostei da homenagem… Parabéns!

  6. Família Egito Diz

    Sou filha de Adalberto e em nome da família Egito venho agradecer pela justa homenagem ao nosso querido pai e o tio Romāo!. Uma das coisas que ele mais gostava era se divertir.
    A festa de Sāo Pedro foi tradição durante 30 anos.

  7. André Zalma Diz

    Sou Neto de seu Romão, ou seu "Ramada", juntamente com seu irmão seu Adalberto, meu Tio avô, no qual louvo a Deus por ter participado dessa história, agradecemos a Deus por fazermos lembrar dessas histórias, onde a noite era pequena e a poeira levantava com as melhores músicas da época, q Deus continue te abençoando, hoje tento levar essa mesma alegria, não mais com os pés mas a alegria através do humor, como PMs da Alegria, junto com a PMESP em SP…pesquisem pelas redes sociais e pesquisa no Google…a alegria do Senhor é nossa força uhuuu

  8. Unknown Diz

    Sou sobrinha e afilada do sinhô Adalberto, tive o prazer de conhecer o forró tempo bom,justa homenagem.

  9. Unknown Diz

    Estou muito feliz com a homenagem ao meu pai Sr. Romao e meu tio adalberto parabens para quem teve a iniciativa de omenagia estas pessoas lutadouras

  10. Unknown Diz

    Sou filho de Adalberto. Meu nome Adalberto florentino do Egito .Sou conhecido por Bertim .
    ficou muito agradecido pela a homenagem a meu pai e meu tio Romão.
    Obrigado 👍👍

  11. Unknown Diz

    Era muito bom esse ate de mais dancei muito. Hoje tenho e saudades deste forro toda hora to mim lembrando.as vezes e e minhas irmãs saíram escondidas de pai só pra ir pra forro..e para finaliza quero agradece ao blog pela essa linda homenagem ao forró do grãnde seu adalberto…

  12. Unknown Diz

    Linda demais essa homenagem cresci ouvindo histórias a respeito

  13. Unknown Diz

    Olá! Decidi escrever após visualizar os relatos dos demais: sou Vandi do Egito. Com meus cumprimentos parabenizo e agradeço ao fundador do Blog Pereira de Santa Terezinha PE, pela iniciativa de homenagear esses dois personagens que muito contribuíram na minha formação como cidadã brasileira. De duas famílias, sou a terceira filha do senhor Adalberto Florentino do Egito Zalma e Júlia Eugênia da Conceição, sobrinha e afilhada do senhor Romão Florentino do Egito (seu Ramada) e dona Maria das Dores Nunes do Egito ( a Dona da Pensão. Nasci, cresci e permaneci aí até meus 21 anos de idade (Janeiro de 1977), época fazendo parte do cenário, não so em Santa Terezinha, mas também nos municípios vizinhos, Brejinho (professora), São José do Egito e Tabira.
    Os dois personagens foram precursores da animação da região, ambos de origem paraibana, agricultores, comerciantes e envolvidos na política partidária. Assim sendo, foram pessoas solidárias, acolhedoras, de uma auto estima invejável e respeitados pela maioria dos pais de famílias daquele tempo.
    Meu padrinho Romão, foi o primeiro a realizar as festas em homenagem aos Santos: São João e São Pedro. Em 23 de Junho realizava Novena e em 28 de Junho de 1965 realizou o primeiro forró em homenagem a São Pedro.
    Sendo que na época existiam muitos jovens (moças e rapazes) e eu ainda criança lembro que na casa de seu Romão (meu tio) era o ponto de encontro. Finais de semanas recheados de divertimentos. Era SÓ o tio Manoel Morena chegar com sua sanfona que o forró falava no Centro…
    A cada 15 dias tinha festa e, so mais tarde vieram os grandes profissionais, tais como Damião Bernadino e outros.
    Meu Pai, Adalberto realizou o primeiro forró em 04/11/1967, com sanfoneiro José Vasco, em comemoração ao casamento de sua primeira filha, Maria Estela do Egito com José Gomes de Lima, que começou as 19 horas e acabou as 7 horas da manhã com a de despedida de Sala de Reboco.
    A realização do forró em homenagem ao Santo, São Pedro, teve início em 1968. A população aprovou a ideia e a festa se tornou tradição. Era divulgada por meio verbal, de forma pessoal e através da Rádio de Afogados da Ingazeira PE.
    Recordo com muita saudade. Parece até que foi ontem: os forrós, as cantorias (com repentistas), começava as 19 horas e terminava as 7 ou 8 horas da manhã. Relembro a frase escrita na decoração, logo na entrada do salão… e a música e despedida…

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