MP denuncia condições da Cadeia Pública de Afogados da Ingazeira.

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O Ministério Público do Estado de
Pernambuco (MPPE), através da 1ª Promotoria de Justiça de Afogados da
Ingazeira, ingressou com ação civil pública (ACP) na Vara Cível do
município, na última quinta-feira (14), contra o Estado de Pernambuco.
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A medida teve como objetivo a adoção das
providências necessárias para reforma da estrutura e ampliação da
cadeia pública; além da nomeação de novos agentes de segurança
penitenciária, a fim de melhorar as condições de custódia dos presos e
de segurança da população e servidores públicos da localidade.


“Ainda que os infratores estejam
segregados da sociedade, por qualquer razão que seja, mantêm os reclusos
seus direitos à integridade corporal e moral. Do mesmo modo, os
funcionários que desempenham suas atividades em estabelecimentos penais e
a população circunvizinha jamais podem perder seu direito à
incolumidade física, moral e patrimonial”, descreveu o texto da ação
civil pública, elaborado pelo promotor de Justiça André Angelo de
Almeida.


Segundo relatórios de inspeção e
visitação realizados no estabelecimento prisional pelo MPPE, no último
dia 12, não são disponibilizados no local serviços de assistência médica
e assistência odontológica, nem há enfermaria; farmácia para
fornecimento de medicamentos; assistências educacional, social ou
psicológica. Além disso, a estrutura física é de péssima qualidade e
necessita, urgentemente, de reforma e modificações, como: melhoria no
sistema de higiene; iluminação interna e externa; instalação de mais
câmeras de segurança; garantia de que haja camas e colchões para todos
os presos; entre outras.


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“A cadeia pública custódia 61 presos, o
que deveria demandar do Estado de Pernambuco, por meio da Secretaria de
Ressocialização (SERES), maior atenção quanto às necessidades desses
presos provisórios, além, é claro, da adequada segurança por meio da
nomeação de agente de segurança penitenciária aprovados em delongado
concurso público que se iniciou desde maio de 2017”, destacou o promotor
André Agelo.


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Diante da necessidade de providências
urgentes em relação à cadeia pública de Afogados da Ingazeira, o MPPE
entendeu como imprescindível a propositura da ação civil pública para
compelir o Estado a reformar e fornecer, periodicamente, os itens
básicos para sua manutenção predial, além de prestar os serviços
necessários à manutenção dos serviços básicos necessários à higiene,
saúde e ressocialização dos presos provisórios.


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Assim, no dia 14 de março, o Ministério
Público ingressou com ACP, requerendo liminarmente que o Governo, no
prazo improrrogável de 30 dias, reforme a cadeia pública e passe a
fornecer regularmente: alimentação, vestuário, colchões e itens de
higiene para os presos. Além disso, nesse mesmo período, devem ser
realizadas melhorias no alojamento dos agentes públicos e na segurança
interna, com a instalação de mais duas câmeras de segurança e reforço
nas barras das celas, sob pena de multa diária de R$ 10.000,00.


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Ainda conforme a ação, o Estado deverá,
no prazo máximo de 120 dias, elaborar e executar projeto para reforma e
ampliação da cadeia pública, de acordo com a legislação correlata, a fim
de que sejam construídas ao menos quatro novas celas, sob pena de, não o
fazendo, incorrer em multa diária de R$ 50.000,00. Além disso, em até
60 dias, deverão ser nomeados pelo menos quatro agentes de segurança
penitenciária, sob pena de multa diária de R$ 10.000,00. Todas as multas
serão revertidas em favor do Fundo Penitenciário Estadual de Pernambuco
(Funpepe), criado pela Lei n.º 15.689 de 2015.

Por Nill JR.
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