Município de Patos, parou na manhã desta segunda-feira, dia 29, para ver
dezenas de pessoas que realizaram um ato contra o estupro. A
concentração teve início no calçadão da igreja matriz e logo após os
presentes saíram em caminhada pelas ruas.
A indignação tomou de conta das famílias bonfinenses logo que se tomou
conhecimento que uma jovem de 20 anos, com deficiência auditiva e com
pequeno retardo mental, havia sido estuprada por um garoto de 17 anos.
O caso aconteceu na madrugada da última segunda-feira, dia 22, e desde
então está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Atenção à
Mulher (DEAM), em Patos. A vítima passou por exames no Núcleo de
Medicina e Odontologia Legal (NUMOL) e se aguarda o resultado da
perícia.
A senhora Andréia Cabral, mãe da vítima, esteve presente ao ato. Ela
disse que na noite do fato estava em casa já deitada e deu por conta da
ausência da filha mais velha. Após perguntar a outra filha e ir ao local
onde a vítima dorme, Andréia relatou que não encontrou a garota.
Depois de alguns minutos, Andréia ouviu um barulho no portão e percebeu
que a filha chegara e tinha a roupa ensanguentada. A mãe da garota
tentou se comunicar, porém a vítima estava bastante abalada.
O principal suspeito do estupro é um jovem de 17 anos da própria cidade
de São José do Bonfim. O jovem foi conduzido até a delegacia para
prestar esclarecimentos. A defesa alega que o ato aconteceu, porém, foi
com consentimento da vítima. A família do adolescente se apoia em
mensagens trocadas entre vítima e suspeito por WhatsApp. Nas mensagens, o
garoto pede fotos íntimas da vítima que as enviou e em outras existe o
encontro marcado.
Andréia Cabral relatou que a filha não tem capacidade de discernimento
para entender até onde o envolvimento levaria. Agora se espera um
desfecho, pois, o suspeito também é acusado de outro abuso sexual com
outra garota da cidade.
Presentes ao ato, a educadora social Tainá Herculano, do Centro de
Referência em Assistência Social (CRAS), que também é uma das
organizadoras da manifestação, disse que o caso tem que ser apurado para
não ficar impune e para que seja completamente esclarecido. Aline Ana
Leite, do Movimento de Mulheres Olga Benário, também tem a mesma opinião
e exigiu agilidade por parte das autoridades que investigam o caso com
rigor.
A reportagem que cobriu o evento, tentou contato com o advogado da família do acusado, porém, não obteve êxito.