Bolsonaro tenta polarizar com Haddad.

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Num instante em que seus rivais se
engalfinham no pelotão intermediário das pesquisas, a uma distância de
mais de dez pontos percentuais, Jair Bolsonaro já esboça uma estratégia
para o segundo turno. Expôs as linhas gerais de sua tática em timbre choroso, numa transmissão ao vivo pela internet neste domingo.


Loja_Cyte_ManiaDeitado no leito da unidade de tarapia
semi-intensiva do hospital Albert Einstein, Bolsonaro dobrou sua aposta
na polarização com o PT. Parece preocupado em não perder terreno para
Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e Marina Silva, que também levaram o PT à
alça de mira desde que Fernando Haddad, substituto de Lula, começou a
ascender nas pesquisas.
WhatSapp do Blog do Pereira.Net


De resto, Bolsonaro soou como se
estivesse empenhado em desenvolver uma vacina capaz de imunizá-lo contra
o veneno de Geraldo Alckmin. O tucano vem se referindo a ele em
entrevistas e sabatinas como “um passaporte para a volta do PT” ao
Planalto.


Ao comentar as pesquisas que o acomodam
no topo do ranking de rejeição, Bolsonaro colocou em dúvida as
estatísticas que dão a ele uma cara de favorito a fazer do seu
adversário no segundo round o próximo presidente da República. Sem
mencionar o nome de Alckmin, associou a pregação do tucano à ideia de
fraude.

“A narrativa agora é que eu perderia
para qualquer um no segundo turno. Não é perder no voto, é perder na
fraude. Então, essa possibilidade de fraude no segundo turno, talvez no
primeiro, é concreta.”  Voltou a criticar o Supremo por ter barrado o
projeto sobre o voto impresso, de sua autoria.

No seu esforço para retornar a primazia
do discurso anti-PT,  Bolsonaro disse que, vitorioso, o presidenciável
petista abriria a cela de Lula. ”O Haddad, eleito presidente —ele já
falou isso, e, se não falou, vocês sabem—, assina no mesmo momento da
posse o indulto de Lula. E, no segundo seguinte, o nomeia chefe da Casa
Civil.”
Aplicativo do Blog do Pereira.Net


Insinuou que Lula só não buscou refúgio
numa embaixada companheira porque dispunha de alternativa melhor. “Se
coloquem no lugar do presidiárioque está lá em Curitiba, com toda a sua
popularidade, toda a sua possível riqueza. Com todo seu tráfego junto às
ditaduras do mundo inteiro, que se auto-apoiam, especialmente em Cuba,
você aceitaria passivamente, bovinamente ir para a cadeia? Você não
tentaria uma fuga? Se você não tentou fugir, obviamente, é porque você
tem um plano B.”


A internação fez bem à saúde da
candidatura de Bolsonaro. Há 11 dias, antes da facada criminosa de Juiz
de Fora, o capitão soava tão soberbo que passava a impressão de só ter
virtudes generais. Agora, sua empáfia é dissolvida em lágrimas. O
sofrimento suavizou-lhe a imagem. Um problema para a campanha de
Alckmin, que voltou a bater no rival com a mesma intensidade de antes da
facada.
Comrciais_gifPor Josias de Souza.

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