espera de deixar a Presidência, passa o tempo bebendo cafezinho fraco e
frio. Como bom reformista, ele está preparando a cama para seu sucessor.
Com zelo e jeito.
ano que vem. Mas, e ele com isso? Como não terá nada a ver com o rombo,
no mesmo Orçamento estrangulado pelo teto de gastos e pela regra que
trava financiamentos, de pelo menos R$ 258 bilhões em despesas sociais,
que ainda precisarão da aprovação do Congresso em 2019 (e que Congresso
saído das urnas será esse?).
De acordo com o IBGE, faltou trabalho para
27,6 milhões de brasileiros no segundo trimestre, número que engloba
não só os desempregados, como os 4,8 milhões que desistiram de procurar
uma vaga, juntando-se àqueles que vivem na informalidade ou no deus-dará
das ruas. Reverter esse quadro com políticas públicas será um desafio
para o próximo presidente. Temer, que chega ao fim do mandato com a
marca de ter colaborado para o pior ciclo de crescimento do Brasil em cem anos, ficará assistindo a tudo de longe.
O que não se sabe é de onde.
Como se não bastasse, convive-se, em plena campanha eleitoral, com o boato de nova paralisação dos caminhoneiros em todo o país por tempo indeterminado logo depois do feriado da Independência. Com a disparada do dólar, no fim de agosto o preço do diesel teve um reajuste de 13%. Na última paralisação, em maio, havia a suspeita de participação de empresários do setor de transportes no movimento. Se ela foi investigada ou comprovada, ninguém sabe.