Morte de jovem por leishmaniose em São José do Egito alerta região para dilema dos cães de rua.

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Rafael Soares tinha 28 anos e
morreu em Recife. Número de cães nas ruas das cidades é alvo de debate
entre órgãos de controle e defensores dos animais.
A morte de Rafael de Deus Soares, 28
anos, em São José do Egito nesta quinta, dia 31, levantou o debate sobre
as políticas de controle de cães de rua nas cidades do Pajeú. Ele
morreu de leishmaniose visceral, no Hospital Osvaldo Cruz, Recife.

Rafael era dono de um lava jato na
cidade, casado e tinha um filho. Desde fevereiro, começou a apresentar
os primeiros sintomas, mas a doença foi diagnosticada no Hospital Maria
Rafael de Siqueira depois de alguns dias sem um diagnóstico, pelo fato
de que a doença não é fácil de ser notificada.

É o segundo caso nos últimos dois anos
na cidade. A Vigilância em Saúde emitiu nota, lamentando a morte de
Rafael e se solidarizando com a família. “O município de São José do
Egito é uma área com um índice elevado de cães infectados pela doença e
apesar dos esforços na realização dos testes e exames e posteriormente
eliminação dos cães doentes, a doença ainda vitimiza muitas pessoas”,
escarece.

“É necessário ter ciência de que o
cachorro é tão vítima quanto o humano que adoece e que quando o animal é
picado pelo mosquito que está infectado este se torna reservatório da
doença. Após o mosquito picar um cão doente e posteriormente picar um
humano, o mesmo pode apresentar sinais e sintomas, como febre,
crescimento do fígado e do baço, sangramentos, icterícia entre outros”,

diz a nota.
A nota acrescenta que a vigilância
municipal vem realizando ações de busca e eliminação de cães doentes, e
borrifação nas áreas dos casos positivos para assim eliminar o mosquito
que possa estar circulando no local, para diminuir ao máximo o
surgimento de novos casos.

Nos animais, os sintomas são crescimento
das unhas, magreza extrema, perca de pelo e feridas no corpo. O caso
alertou os setores de vigilância em saúde e Epidemiológica. Em cidades
como Afogados, há registros de aumento no número de animais de rua. Por
outro lado, um debate com grupos de defesa dos animais que muitas vezes
criticam o sacrifício de cães doentes.
Por Nill JR.

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