Promotores do Pajeú reforçaram ações conjuntas na crise de abastecimento.

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Grupo tem realizado ações coordenadas em várias frentes em defesa de bandeiras da região.
O grupo de Promotores do Pajeú manteve
nesta crise de abastecimento de combustíveis a mesma ação coordenada de
outras frentes de atuação na região.

O bloco, formado por representantes de
várias cidades, foi reforçado com a recente chegada de novos promotores e
é tido como modelo para o Estado pela articulação de ações conjuntas,
como na luta pela continuidade das obras da Adutora do Pajeú e Barragem
da Ingazeira, saúde, controle das contas públicas, segurança, estradas,
dentre outros eixos temáticos para a região.

Nesse período de crise de abastecimento
foram varias recomendações. A última delas,  para garantir o transporte
de cargas que precisem de prioridade de escoamento. Polícias Civil e
Militar, e demais órgãos de fiscalização, inclusive com atuação na
Defesa do Meio Ambiente, no âmbito de suas respectivas atribuições foram
orientados a verificar se havia paralisação de veículos transportando
cargas vivas, rações destinadas às granjas e atividades pecuaristas,
produtos químicos, reagentes e soluções para tratamento de água para
consumo humano, medicamentos, insumos, instrumentos e equipamentos da
área da saúde.

O MP levou em conta as informações
obtidas a partir de mídias sociais e de atendimentos nas promotorias de
justiça da 3ª Circunscrição Ministerial, no sentido de que há veículos
contendo cargas vivas, principalmente aves, e também rações destinadas
às granjas e atividades pecuaristas, ainda sofrendo nas estradas.

“Vários prefeitos da região vêm
solicitando aos Promotores de Justiça o apoio para evitar a mortandade
de aves e animais, o que resultaria em uma crise sem precedentes na
agropecuária da já sacrificada região semiárida, com forte repercussão
socioeconômica”, justificaram os promotores.

Antes, emitiram recomendações contra
aumentos abusivos de preços de combustíveis, gêneros alimentícios, de
água mineral, de gás, de remédios, entre os produtos de primeira
necessidade, aproveitando-se da greve dos caminhoneiros, diante das
notícias de que alguns comerciantes, elevaram os preços de seus produtos
a patamares exorbitantes, alertando sobre as sanções legais. A
recomendação alertou órgãos de controle e polícias para reforço na
fiscalização.

No momento mais traumático da crise, os
Promotores do Pajeú emitiram nota afirmando ser inegável e inalienável o
direito do povo, inclusive dos caminhoneiros, de se reunir e se
manifestar pacificamente em protesto contra os aumentos abusivos dos
preços dos combustíveis e do gás de cozinha e a atual política de preços
da Petrobras. Mas alertaram para o fato de eu os fins, por mais
legítimos e justos que possam ser (reduzir os preços dos combustíveis e
mudar os critérios da política de preços da Petrobras), não justificam
os meios, que deveriam ser igualmente legítimos, sem conduzir ao caos,
ao desmantelamento dos meios de produção e a uma crise humanitária.

Integram o grupo de Promotores do Pajeú 
Lúcio Luiz de Almeida Neto (Afogados da Ingazeira e Iguaracy),
Aurinilton Leão (São José do Egito, Tuparetama, Santa Terezinha e
Ingazeira), Lorena de Medeiros Santos (Itapetim e Brejinho), Júlio César
Cavalvanti Elihimas (Sertânia), Ariano Técio Silva de Aguiar (Carnaíba e
Quixaba) e Eryne Ávila dos Anjos Luna (Tabira e Solidão).
Por Nill JR.

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