Teixeira-PB: presidente da Câmara acredita na inocência de prefeito cassado.

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O prefeito de Teixeira, Edmilson Alves
dos Reis, conhecido como Nego de Guri (MDB), e seu vice, Amarildo Meira
de Vasconcelos (PSB), tiveram os mandatos cassados mais uma vez pelo
juiz Carlos Gustavo Guimarães, da 30ª Zona Eleitoral, por suposta
prática de compra de votos, por meio da distribuição de sacos de cimento
a eleitores.

Nego de Guri e Amarildo já tinham sido
cassados no final de janeiro, também pela prática de abuso de poder
econômico e político durante as eleições municipais de 2016. A Ação de
Investigação Judicial Eleitoral (Aije) foi protocolada pela coligação
adversária, que teve Wenceslau Souza Marques (PDT), como candidato a
prefeito.

Assim como na primeira decisão, o juiz
Gustavo Guimarães, ao julgar procedente a Aije determinou além da
cassação dos diplomas dos eleitos, a decretação da inelegibilidade por
oito anos e aplicação de multa, a realização de novas eleições no
município, após o trânsito em julgado dos recursos.

A exemplo do que ocorreu na primeira
condenação, os advogados que atuam ao lado prefeito e do vice, vão
recorrer da decisão no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba.

Em janeiro prefeito e vice tiveram os
mandatos cassados acusados de várias irregularidades na época da
campanha eleitoral de 2016, dentre eles a distribuição de material de
construção e de sacos de cimento; contratação ilegal de servidores
públicos às vésperas das eleições; construção de açudes com máquinas do
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em fazendas de eleitores.

Ontem mesmo a Rádio Cidade FM de Tabira
ouviu o vereador Valone Dias Oliveira, presidente da Câmara que declarou
que o prefeito cassado está tranquilo pois não será afastado com o seu
vice de imediato, devido a necessidade do esgotamento das instâncias
recursais, ou seja, só haverá a decretação da vacância dos cargos e a
convocação de novas eleições, após o trânsito em julgado das ações.

Valone disse que tem certeza que o
resultado será revertido na 2ª instancia. O Presidente disse que a 1ª
acusação tratava de uma caçamba usada por aliado sem conhecimento do
Prefeito para ir buscar material de construção em cidade vizinha e a
segunda foi um flagrante armado. “O Judiciário brasileiro está
contaminado, e o maior exemplo é a prisão de Lula”, disse o Presidente
da Câmara.
Por Anchieta Santos.

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