Num
instante em que muitos reclamam da judicialização da política, a
presidente do Supremo Tribunal Federal parece empenhada em evitar a
politização da Justiça. Sob o argumento de que não se deve “apequenar” a
Suprema Corte, a ministra resiste à pressão para reabrir a discussão
sobre a regra que permite a prisão de personagens como Lula, condenados
na segunda instância do Judiciário. Como lida com a pressão?,
perguntaram a Cármen Lúcia. E ela, implacável: “Eu não lido. Eu
simplesmente não me submeto à pressão.”
instante em que muitos reclamam da judicialização da política, a
presidente do Supremo Tribunal Federal parece empenhada em evitar a
politização da Justiça. Sob o argumento de que não se deve “apequenar” a
Suprema Corte, a ministra resiste à pressão para reabrir a discussão
sobre a regra que permite a prisão de personagens como Lula, condenados
na segunda instância do Judiciário. Como lida com a pressão?,
perguntaram a Cármen Lúcia. E ela, implacável: “Eu não lido. Eu
simplesmente não me submeto à pressão.”
Em
privado, Lula e seus súditos petistas acusam Cármen Lúcia de
seletividade. Sustentam que a preocupação da ministra com a estatura do
Supremo não parecia tão aguçada quando quem estava na berlinda era o
senador tucano Aécio Neves. Nessa ocasião, sustentam os petistas, com
boa dose de razão, a presidente do Supremo reduziu o pé-direito do
tribunal.
privado, Lula e seus súditos petistas acusam Cármen Lúcia de
seletividade. Sustentam que a preocupação da ministra com a estatura do
Supremo não parecia tão aguçada quando quem estava na berlinda era o
senador tucano Aécio Neves. Nessa ocasião, sustentam os petistas, com
boa dose de razão, a presidente do Supremo reduziu o pé-direito do
tribunal.
A
cúpula do PT se queixa de que Cármen Lúcia foi mais política do que
juíza ao ceder às pressões que resultaram na abertura de uma porta de
emergência para a saída de Aécio Neves, quando a Primeira Turma do
Supremo afastou o senador tucano do mandato e o proibiu de sair de casa à
noite. Há, de fato, uma nova Cármen Lúcia na praça. Ao contrário do que
alega o PT, ela é melhor do que a anterior. Por duas razões. Primeiro
porque aproxima Lula da cadeia. Segundo porque transforma gente como
Aécio Neves em bola da vez. Ou o Supremo põe a fila para andar ou sua
supremacia vai caber numa caixa de fósforos.
cúpula do PT se queixa de que Cármen Lúcia foi mais política do que
juíza ao ceder às pressões que resultaram na abertura de uma porta de
emergência para a saída de Aécio Neves, quando a Primeira Turma do
Supremo afastou o senador tucano do mandato e o proibiu de sair de casa à
noite. Há, de fato, uma nova Cármen Lúcia na praça. Ao contrário do que
alega o PT, ela é melhor do que a anterior. Por duas razões. Primeiro
porque aproxima Lula da cadeia. Segundo porque transforma gente como
Aécio Neves em bola da vez. Ou o Supremo põe a fila para andar ou sua
supremacia vai caber numa caixa de fósforos.
Por Josias de Souza.