PF acha notas com esquema para derrubar Dilma

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Rodrigo Rocha Loures, Henrique Alves, Michel Temer e Elizeu Padilha assistem à sessão do impeachment de Dilma.

Anotações encontradas em poder de ex-auxiliar de Temer sugerem estratégia pró-impeachment. Manuscritos foram recolhidos pela Polícia Federal na casa de Rodrigo Rocha Loures em Brasília.

Fonte: ÉPOCA – Marcelo Rocha

A
Polícia Federal apreendeu um bloco de anotações durante a Operação
Patmos, deflagrada em maio de 2017 como desdobramento da delação
premiada do grupo J&F. A folha de abertura traz uma informação: em
caso de perda, recompensa-se com R$ 200. A pessoa a ser procurada atende
pelo nome de Rodrigo Rocha Loures, o ex-assessor especial do presidente Michel Temer preso após ser flagrado recebendo propina do grupo empresarial comandado pelos irmãos Joesley e Wesley Batista.

O
bloco estava na casa de Rocha Loures em Brasília e passou a fazer parte
do conjunto de documentos anexados às investigações que tramitam no
Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente da República. Está
recheado de anotações datadas de 2015 e 2016, quando Rocha Loures
assessorava Temer na Vice-Presidência. São rasbiscos valiosos que ajudam
a entender mais sobre a engrenagem que movimenta a capital do país. Há
referências a nomeações de apadrinhados políticos, a verbas do Orçamento
para satisfazer a base aliada, a reuniões com empresários, a números da
economia. Um trecho em especial sugere uma estratégia pró-impeachment
da ex-presidente Dilma Rousseff.

São
apontadas, em duas páginas, “ações” a serem realizadas. Não existe
indicação de quem se encarregaria de executá-las. Aparecem listadas,
entre outras, ações como “Distribuir folhetos base” com os dizeres
“Vamos ajudar deputado a decidir. Ele está indeciso”; “Trabalho junto
aos prefeitos e doadores”; “Anúncio pago em jornal interior”; ou “Faixa
na frente casa – Aqui tem um deputado indeciso => raio de 1 km da
casa”.

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