Em Sessão acalorada, Legislativo Terezinhense encerra trabalhos em 2017.

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Quem esperava um clima de natal e de confraternização na última sessão do Legislativo Terezinhnse viu o encontro começar nervoso. Após a leitura da ata da sessão anterior onde se registrou que os ânimos se exaltaram antes do encerramento, os vereadores governistas não concordaram e disseram que a alteração só ocorreu depois que o presidente deu por encerrada a sessão e pediram a modificação desta. O presidente Manoel Grampão se explicou dizendo que a reunião é de duas horas, e que depois desse tempo pode encerrá-la a qualquer momento, e que fez isso para evitar maiores problemas devido aos ânimos estarem acalorados. 
Colocada em votação, a ata foi aprovada do jeito que estava, já que a oposição é maioria na casa. O vereador JR de Branco pediu que se registrasse na ata repúdio a aprovação da ata assim como ela estava. Como esse assunto gerou dúvidas, o vereador Lindomar solicitou ao presidente que a partir da próxima reunião, o advogado da casa se faça presente para sanar suas dúvidas ‘todo mundo ouve o nome desse homem, mas ninguém nunca o ver’ e completou ‘caso ele não venha; que se desconte do seu salário, quando nós vereadores faltamos a uma sessão não é descontado? Frisou. Foi registrada na sessão a doação de um terreno por Dodo do Tigre para a construção de um Sistema d’água, ação muito aplaudida pelos presentes.
Em seguida o Assessor Jurídico da Prefeitura Ary de Analice usou a Tribuna Popular para rebater as críticas sobre uma ‘celeuma’, como disse ele, criada pela oposição sobre o recebimento de diárias, onde ele ignorou a subscrição da denúncia, e chamou de ‘informação irresponsável’ e que não contribuiu em nada para Santa Terezinha, nem para oposição, muito menos para a situação. Ele esclareceu que diárias é um direito do servidor que se desloca a serviço do poder público ou privado.
A Secretária de Assistência Social Francimeire de Chico França também usou a tribuna para fazer sua prestação de contas sobre o recebimento de diárias, levando os comprovantes das viagens e que o dinheiro pago vem do governo federal, não do município.
O Pastor Missionário Vanduir Mendonça também usou a tribuna para pedir que se construa um velório municipal para que os corpos dos entes falecidos não sejam mais velados nas casas de parentes. Neguinho de Danda esclareceu que tanto o cemitério antigo, como o novo, já dispõe do serviço e que velar os parentes em casa é tradição por aqui.
A enfermeira Juliana Souza usou a palavra como responsável técnica do Hospital local falando sobre a gratificação SUS. Com a crise, ela disse que ficou decidido em reunião com o prefeito, a suspensão  por 180 dias; que o motivo de sua ida ao plenário foi uma polêmica criada na última sessão envolvendo essa gratificação ‘pessoas que falam o que não sabem se envergonham quando se encontram com alguém que sabe bater de frente’. 
Ela se referiu ao presidente do Sindicato dos Servidores, que segundo ela; ele gravou um áudio e espalhou pelos grupos dizendo que uns não estavam recebendo, mas os funcionários de alto escalão, como o Secretário de Saúde, sim. Ela disse que o serviço não vai parar pela falta dessa gratificação que é entre R$ 100,00 e R$ 140,00, mas reconheceu que ele (presidente) foi a câmara e se desculpou, porém, ela achou importante ir a casa prestar maiores esclarecimentos.
Sobre as emendas, aquelas defendidas pelo oposição foram aprovadas sempre com o placar apertado 5X4. Outras foram aprovadas por unanimidade. O pagamento dos precatórios também gerou discussão, mas foi aprovado. O percentual no Orçamento Impositivo foi visto como ‘desenterrar defunto’ já que segundo os vereadores Lindomar e JR de Branco isso já havia passado pela casa e tinha sido reprovado, mas agora foi aprovado pelos opositores ao governo.
Houve o momento da politicagem também, onde foi comentado novamente a política partidária. O vereador Neguinho de Danda lembrou a Nôdo de Gregório que ele tinha dito que ‘gastava dois milhões de reais com um candidato ruim, mas não gastava cem reais com Vanim’. Nôdo respondeu ‘eu quero afirmar aqui nessa casa, que se fosse da minha vontade, ele (Vanim) jamais subiria a prefeitura para sentar naquela cadeira, eu disse a ele, porque eu não tenho nada escondido […] ele virou meu candidato quando se fechou a coligação, mas ele nunca foi meu candidato e eu nunca escondi’. Concluiu.
A vereadora Lanjinha de Terógenes disse que se fala tanto em fiscalizar na Câmara, mas questionou sobre a fiscalização na construção da Creche, que segundo ela, está parada a tempos. Nôdo de Gregório retrucou dizendo que quando a creche ficar pronta será uma das melhores do Pajeú. (enquanto isso os maiores prejudicados continuam sendo as crianças e famílias).
Todos os vereadores aproveitaram o tempo de cinco minutos ao final da sessão para agradecer ao povo e desejar um feliz natal e um próspero ano novo. Os vereadores Lindomar, Adalberto JR e Helder de Viana receberam do Instituto Tira Dentes-MG comunicado como parlamentares mais atuantes na legislatura.
Antes do encerramento o vereador Adalberto JR rebateu o Assessor Jurídico da Prefeitura Ary de Analice dizendo que ali não tem nenhum vereador irresponsável; que pediram ao gestor a comprovação das diárias ‘nós não somos contra as diárias, mas tem que ter as comprovações’, que segundo ele não foram dadas pela prefeitura, ‘mas se está comprovado ótimo, parabéns’. Helder de Viana também questionou as diárias do assessor. 
Adalberto JR também questionou a Francimeire de Chico França empenhos até outubro deste ano no valor de R$ 23.920,00, um pouco mais de R$ 6.000,00 em seu nome, o que no seu ponto de vista não é pouco. O vereador também questionou a carga horária dos estudantes que começaram o ano letivo mais tarde, devido a reforma da escola. Ele disse que não sabe se houve reposição. 
Sobre licitação, ele disse que pode ser até legal, mas moralmente é incorreto fazer uma licitação onde a vencedora é a empresa da mãe da Secretária de Ação Social e do Secretário de Saúde, que segundo ele, no mês de março, a empresa teria recebido mais de R$ 30.000,00 e tem mais R$ 30.000,00 empenhado para pagar de outros meses de fornecimento, ‘isso é imoral pra mim’ disse ele. 
O clima voltou a ficar acalorado pois como o nome de Ary de Analice e Francimeire foram citados, eles se aproximaram da bancada pedindo o direito de se defenderem e o bate boca começou. Ambos ficaram indignados com as colocações feitas e pediram espaço para falar, o que foi negado pelo presidente que depois de encerrar a sessão, disse ao blog que apenas seguiu o regimento da casa, e que eles podem usar a tribuna na próxima reunião, marcada daqui a dois meses.

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