Vereadores dizem haver indícios de cartel do gás em Serra e Afogados.

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Saiba como denunciar preços abusivos.
Pelo menos em duas cidades do Pajeú o
preço praticado pelo gás de cozinha por comerciantes locais tem
levantado suspeitas de vereadores sobre a possível existência de um
cartel, com preços combinados pra cima entre os revendedores. Em Serra
Talhada, o vereador Zé Raimundo (PTC), tem chamado a atenção para um
possível cartel na venda de gás de cozinha.

Ele fez uma pesquisa e identificou que o
preço praticado em municípios do entorno é menor que o da Capital do
Xaxado. O percentual médio de aumento em relação a outras cidades chega a
30%. Enquanto em Serra Talhada o valor cobrado é de cerca de R$ 70,00,
em outras cidades do Pajeú varia entre R$ 52 e R$ 55, reclama. A pedido
do vereador, a Câmara de Serra Talhada, presidida por Nailson Gomes,
está provocando o MP.

Em Afogados da Ingazeira, as queixas são
idênticas. O vereador José Edson Ferreira, o Zé Negão (PTB) disse em
sessão que está sendo procurado por moradores da cidade para reclamar o
preço praticado na cidade. “Aqui o preço e o valor igual em todos os
pontos de venda mostra que podemos ter um cartel”. Ele também pediu ao
MP uma provocação sobre o caso.

No município o preço do gás praticado na
cidade é de R$ 65,00 a vista e 75,00 a prazo, maior até que o de Serra
Talhada. Um comerciante disse em determinada oportunidade que tentou
vender o produto mais barato mas foi impedido por quem controla a
revenda, sem citar nomes. “Aqui é cartel mesmo. Se tentar vender mais
barato eles ligam logo”, afirmou.

Preço não é tabelado, diz Petrobras:
O preço do gás, assim como o da gasolina, não é tabelado pela
Petrobras. Ela só tem ingerência em 54% da composição do preço do
botijão. “Sendo as distribuidoras e revendedoras livres para definirem
as margens praticadas”, diz, em nota. Ou seja, além desse percentual, a
variação é responsabilidade dos revendedores e de haver livre
concorrência.

Os “Zés” Raimundo e Negão: botando a boca na tribuna contra o aumento abusivo.

Os valores do GLP para uso comercial ou
industrial (vendido a granel ou envasado em botijões de mais de 13kg)
passaram a ser reajustados de acordo com a flutuação no mercado
internacional.

O último reajuste, em vigência desde 16
de agosto, aumentou os preços de comercialização às distribuidoras do
GLP em 7,2%. A flutuação dos valores, no entanto, suscita críticas entre
revendedores e clientes. E denúncias de cartelização.

Você também pode reclamar:
Além de órgãos como o MP, o Centro de Relações com o Consumidor da
Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis  (CRC) pode
receber denúncias, reclamações, sugestões e elogios.

Você pode ligar gratuitamente ou enviar fax para 0800 970 0267,
de segunda a sexta-feira, das 8 às 20h, ou enviar perguntas, com
formulário próprio. Por carta, envie a correspondência ao CRC, para o
endereço Av. Rio Branco, 65 / 22º andar – 20090-004 – Rio de Janeiro –
RJ.

A ANP recomenda ainda que sempre que for
abastecer seu veículo, ou adquirir um botijão de GLP, solicite a nota
fiscal, que contém o CNPJ do estabelecimento.
Por Nill JR.

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