A banda podre vai vencendo a guerra.

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A
cerimônia de posse de Raquel Dodge ajuda a entender por que o Brasil é o
mais antigo país do futuro do mundo. Havia delatados, investigados e
denunciados em toda parte, inclusive na mesa reservada aos presidentes
dos Poderes. Pelo Executivo, Michel Temer, que já coleciona duas
denúncias criminais. Pelo Legislativo, Eunício Oliveira e Rodrigo Maia,
cada um com dois inquéritos. A
esse ponto chegamos: dois dos três poderes são comandados por políticos
que têm contas a acertar com a Justiça. Bastava a Raquel Dodge olhar ao
seu redor para perceber o tamanho do desafio que tem pela frente. Os
procurados faziam festa para a procuradora-geral. A normalidade
institucional brasileira é mesmo perturbadora.

Quem
assistiu ficou com a impressão de que a banda podre da política está
vencendo a guerra. A quantidade absurda de escândalos indica que o
Brasil não é mais um país onde pipocam casos de corrupção. Virou um
país, em si, corrupto.

A
nova procuradora-geral pregou a harmonia entre as instituições. Ótimo.
Mas não se deve confundir as instituições com os investigados que as
dirigem. A restauração da harmonia depende da punição de todos os que
estão em desarmonia com a moralidade.
Por Josias de Souza.

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