Prefeito de Iguaracy fala sobre suspensão de ex-secretários: “receberam R$ 243 mil sem trabalhar”.

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Em entrevista ao programa institucional da Prefeitura de Iguaracy, nas Rádios Pajeú e Cidade FM,
o prefeito Zeinha Torres falou da polêmica envolvendo ex-secretários
municipais da gestão Dessoles que acumulavam funções e foram alvo de
processo administrativo. Zeinha defendeu a decisão tomada de suspensão de 90 dias e disse que se quisesse, teria a prerrogativa de demiti-los.

“Tinham acúmulo de cargos e o que a
gente optou foi pela suspensão. Eu poderia ter demitido e não fiz.
Também não divulguei. Eles que fizeram questão de divulgar dizendo que
era perseguição. Esqueceram que perseguição era o que existia antes”,
 criticou.

A suspensão envolveu os ex-secretários
 Edjeane Alves Nunes, ex-secretária de Finanças, Mário Gonçalves de
Araújo, ex-secretário de Agricultura, Regina Laura Veras de Morais
Monteiro, ex-secretária de Saúde e Williams Siqueira da Silva,
ex-secretário da Educação. Todos prometeram recorrer à justiça, alegando
que a decisão contraria a conclusão das quatro Comissões de Inquérito
constituídas para examinar a questão.

Mas, garantiu o gestor, apenas cumpriu a
lei e suspendeu. “Não acho justo. Receberam R$ 243 mil em quatro anos
sem exercer a função. Isso tá certo?  O prefeito que puniu tá errado?
Suspendi, mesmo sendo caso de demissão. Não quis prejudicar, achei por
bem dar essa punição de 60 dias. Faltou a eles explicar o porque dessa
punição. Se quisesse perseguir, teria demitido. Eles tem que
dizer também quanto receberam sem trabalhar”, criticou.

O prefeito ainda disse que dos quatro,
um recebeu multa, porque se constatou que assumia a outra
função. “Mas o restante não trabalhava”. O Secretário de Administração
Marcos Henrique, o Marquinhos explicou como se dava esse acúmulo que
resultou na suspensão.

“Foram acúmulos ilegais de cargos. Os
quatro são servidores efetivos. Na antiga gestão exerceram função de
cargo comissionado e continuaram recebendo as duas remunerações, quando
deveriam receber apenas pela função de Secretário. Isso foi detectado
por nosso Departamento Jurídico.  Inclusive temos todos os documentos
que mostram a irregularidade”, garantiu.

Após 60 dias, diz o Secretário, eles
retornam às suas atividades. Outra informação é de que ainda tramita no
MP ação par ressarcimento ao erário público. “Foi comunicado aos
servidores administrativamente, internamente”. Acrescentou que
eles entraram com mandado de segurança, que foi negado.
Por Nill JR.

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