Afogados: estudante revoltada com a falta de médicos faz desabafo no Facebook.

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Afogados: estudante revoltada com a falta de médicos faz desabafo no Facebook

No último sábado (26), uma estudante de Afogados da Ingazeira, usou o
seu perfil no Facebook, para fazer um desabafo contra a falta de
plantonistas no HREC. Maysa Gomes, de 23 anos relata que se avô de 64
anos, sofreu um acidente de moto, que lhe causou uma fratura exposta e
que ao ser levado ao HREC não conseguiu ser atendido, por falta de
médico plantonista no local.
Maysa, inconformada com a situação, ainda faz um desabafo contra a
classe médica, a quem ela chama, “de pessoas mesquinhas”. Maysa conta em
seu desabafo toda a Via Crucis que a família teve que fazer para
conseguir que o avô conseguisse atendimento, o que só foi possível com
um encaminhamento para a cidade de Recife. Leia o desabafo de Maysa na
íntegra:


Eu,
Maysa Gomes, 23 anos, moradora, nascida e criada em Afogados da
Ingazeira me revolto nessa data de 26/08/17, infelizmente nessa cidade,
me deixa repugnante saber que hoje meu avô de 64 anos sofreu um acidente
de moto sendo o mesmo com fratura exposta, foi levado ao Hospital R.E.C
e lá não houve atendimento por falta de médico no plantão, que absurdo!
Até quando vamos sofrer calados?


Foi levado para a casa de saúde, que infelizmente também estava
sem médicos. Um médico local de afogados foi para a CASA DE SAÚDE para
encaminha-lo mas, mais uma vez nos tratou com toda ignorância possível,
relatando que não era o dia do plantão dele e que por isso não iria nem
olhar o paciente; sinto-me humilhada por uma sociedade corrupta, que
valoriza tanto uma classe de médicos que na verdade são na grande
maioria, pessoas mesquinhas que só sabem o valor do seus salários, não
tocam no paciente, não investigam, só sabem passar medicamentos e mandar
embora, estou mentindo? Que médicos são esses? Que país é esse?


Meu avô com muita dor foi novamente para o Hospital R.E.C logo
após as 18:00, saindo de lá para Caruaru de 19:10 da noite. Repito 19:10
da noite, uma fratura exposta tendo total exposição de bactérias entre
os hospitais que passou, não consigo nem pensar na possibilidade de
infecções e outras complicações que possa ter, seria justo com ele?
Seria justo com você meu querido leitor?


Há 4 anos perdi a minha avó por falta de médicos, por falta de
humanidade… Não podemos viver assim! ACORDEM! Hoje sou eu que estou aqui
chorando, pedindo a Deus que ajude o meu avô, amanhã pode ser você ou
alguém de sua família. Não vamos deixar que isso se repita! Quantas
vezes médicos chegam no plantão e quando percebem que estão sozinhos,
dão meia volta e vão embora, quantas gestantes com dores, perdendo
líquido e não tem obstetras no Hospital R.E.C , muitas vezes voltam para
casa sem nenhuma avaliação do feto, não se importam com a saúde dos
outros, isso é uma vergonha! Isso é repugnante!


Eu sou uma cidadã, meu avô é um cidadão e não um lixo dessa
sociedade, dessa sociedade HIPÓCRITA! Meu avô não é cobaia dessa
podridão desse país. Finalizo minha revolta com um trecho da música de
Raul Seixas “- Como vovó já dizia, quem não tem colírio, usa óculos
escuro, MAS não é bem assim.” NÃO VAI FICAR ASSIM.
Por André Luis.

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